“Maior operação de segurança alguma vez realizada em Portugal”. O balanço da segurança da JMJ

CNN Portugal , DCT
7 ago 2023, 11:55
Papa Francisco durante a Via-Sacra, na Jornada Mundial da Juventude - JMJ (Lusa)

“Máxima segurança, mínimo transtorno”. Tanto o ministro da Administração Interna, como o secretário-geral do Sistema de Segurança Interna destacaram o sucesso que foi a Jornada Mundial da Juventude, sucesso esse que “fez com que Sua Santidade reconhecesse que foi uma das jornadas melhor organizadas”

O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, fez esta segunda-feira um balanço da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e não se poupou em mostrar “orgulho” nas forças de segurança portuguesas.

Na conferência de imprensa após o evento que juntou mais de um milhão de pessoas em Lisboa nos últimos dias, o governante destacou o “orgulho que os portugueses sentiram nas suas forças de segurança” e o facto de “Portugal estar, com justiça, nos países mais seguros do mundo”. “Todos nos orgulhamos nesta marca”, vincou.

O ministro da Administração Interna salientou que, na última semana, “a liberdade cívica caminhou de mãos dadas com a segurança” devido à boa cooperação entre as forças de serviços de segurança portuguesas e também europeias.

Aos jornalistas, José Luís Carneiro quis ainda “sublinhar a importância do voluntário e o contributo para o espírito de solidariedade e confiança”, que se exprimiu também na forma como as forças e serviços da autoridade nacional cooperaram entre si, o que permitiu, disse, fazer frente a incêndios ao mesmo tempo que muitos esforços estavam centrados na capital portuguesa e em Fátima.

“Foi esse sentido voluntário que fez com que estivéssemos tão bem preparados para esta Jornada Mundial da Juventude, em termos de segurança e proteção coletiva”, sublinhou.

Numa palavra final, o ministro quis agradecer aos que “não estando na linha da frente de segurança, estão na retaguarda da segurança e são essenciais para o desempenho destas funções”, referindo-se aos profissionais do SIRESP, da Rede Nacional de Segurança Interna (RNSI), que conseguiram garantir “níveis elevados de confiança nos sistemas de informação e nos sistemas de comunicação”.

“Tivemos entre o dia 1 e 6 de agosto, seis milhões e 410 chamadas promovidas por mais de 180 entidades e os atrasos máximos nas chamadas no quadro dos principais eventos da Jornada Mundial da Juventude foi de 8 segundos em relação às chamadas que mais tempo demoraram a entrar no sistema. E mesmo os que tiveram que ver com a pressão dos incêndios durante a própria Jornada tivemos chamadas que demoraram 39 segundos a entrar no sistema”, exemplificou.

Todos estes esforços, salientou o ministro, fizeram “com que Sua Santidade reconhecesse que foi uma das jornadas melhor organizadas para o qual muito contribuiu o modo como as nossas forças e serviços de segurança se organizaram”, referindo-se às declarações do Papa Francisco aos jornalistas durante o voo de regresso a Roma.

Paulo Vizeu Pinheiro, secretário-geral do Sistema de Segurança Interna (SIS), revelou que "a maior operação de segurança alguma vez realizada em Portugal" teve início "em julho", mas que o "planeamento estava feito há um ano”. Na operação, disse, estiveram 16 mil profissionais.

Na conferência de imprensa, vincou a “operação inédita” e o sistema de segurança interna a funcionar em pleno, sem o qual a Jornada Mundial da Juventude não se teria realizado “de todo”.

Quanto a números, o secretário-geral do Sistema de Segurança Interna revelou que foi controlada a entrada a um milhão e 372 pessoas, tendo sido recusada a entrada a 213. O número de pessoas assistidas fixou-se nas 4.312.

“O compromisso foi alcançado”, assegurou Paulo Vizeu Pinheiro, afirmando que, após a JMJ, o SSI “fica com um mecanismo que, quando ativado, liga o estratégico operacional e tático para os grandes eventos que Portugal possa vir a acolher no futuro”.

“Este é o legado que fica”, disse, concluindo: “Máxima segurança, mínimo transtorno”.

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