“O mundo vive numa incerteza”. Igreja recusa revelar quanto vai gastar na Jornada Mundial da Juventude

11 out 2022, 07:59
Vaticano

REVISTA DE IMPRENSA. Bispo Américo justifica a não divulgação da verba exata com o cenário de incerteza socioeconómica que o planeta atravessa

Já se sabe que em menos de um ano, milhares de jovens crentes vão invadir parte de Moscavide e do Oriente. Lisboa receberá a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) entre 1 e 6 de agosto, mas a Igreja ainda não revelou a verba exata espera gastar com a realização deste evento de escala global.

A edição desta terça-feira do jornal Público lembra que já se sabe que a concentração de jovens cristãos vai custar “entre 30 a 35 milhões de euros” aos cofres da Câmara Municipal de Lisboa – como Carlos Moedas confirmou na segunda-feira – e que também é de conhecimento público que o Estado vai subsidiar grande parte do evento, embora ainda não tinha sido revelada a quantia exata. Contudo, ainda não existe qualquer informação sobre qual será o financiamento da Igreja para este encontro em que o Papa Francisco também deverá comparecer.

“O mundo vive numa incerteza”, foi com esta frase que o bispo Américo, que preside a organização, recusou responder às incessantes questões dos jornalistas, durante uma visita de Carlos Moedas às instalações onde está a trabalhar o comité organizador da JMJ. Sendo que neste momento é difícil prever como vai a Economia evoluir, o responsável do clero avança três cenários possíveis: um que prevê os custos “em baixa”, outro intermédio – “que seria o ideal, em que a guerra está resolvida, a inflação e os problemas económicos ultrapassados e a pandemia não regressa”, e um em alta.

De acordo com a notícia do Público, há uma coisa que o bispo Américo garante: “Só posso dizer que até hoje não houve nenhum interlocutor – seja do Governo ou das autarquias, seja das direções-gerais, dos ministérios ou de outra instituição qualquer -, não houve ninguém que nos dê uma resposta negativa de desinteresse, de falta de empenho ou de falta de adesão ao projeto. Pelo contrário todos os nossos interlocutores têm sido magníficos”.

Carlos Moedas foi mais longe e garantiu-lhe mesmo apoio “a 300%”: “Temos um compromisso que faz com que todas as decisões que a Igreja tome nós estaremos sempre ao lado da Igreja, ao lado das decisões que vão ser tomadas”. O presidente da Câmara Municipal de Lisboa anunciou ainda que já constituiu uma equipa para trabalhar diretamente com a organização nas suas instalações, situadas num edifício da antiga Manutenção Militar, no bairro da capital do Beato.

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