Após dois atentados «frustrados» em 2024, França prepara JO em alerta máximo

25 mar, 17:32
Jogos Olímpicos de Paris 2024 (AP Photo/Michel Euler, File)

Governo francês está em alerta máximo para ameaça de ataques terroristas depois do que aconteceu em Moscovo

O primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, revelou que dois projetos de atentado foram «frustrados» em França desde o início de 2024.

«A ameaça terrorista islâmica é real, é forte» e «nunca enfraqueceu», acrescentou Attal, durante uma visita a uma estação de comboios de Paris, depois de o sistema de alerta Vigipirate ter sido elevado para o nível máximo.

A quatro meses dos Jogos Olímpicos (JO), França está, assim, novamente em alerta máximo para a ameaça de atentados, após o ataque ocorrido na sexta-feira em Moscovo, perpetrado, segundo o Presidente francês, Emmanuel Macron, por uma «entidade» do grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico (EI), que esteve na origem de «várias tentativas recentes» em território francês.

Em vésperas de organizar os Jogos, o governo gaulês mostra que leva a sério a ameaça do terrorismo ao mesmo tempo que tenta tranquilizar a população quanto à sua capacidade de a controlar.

A polícia, a guarda nacional e os serviços secretos franceses «estarão preparados» para garantir a segurança dos Jogos Olímpicos, assegurou o ministro do Interior, Gérald Darmanin.

O executivo francês decidiu no domingo à noite, num Conselho de Defesa no palácio do Eliseu, elevar o sistema Vigipirate para o seu nível máximo, «emergência de atentado», pouco mais de dois meses depois de o ter reduzido um nível.

O primeiro-ministro justificou tal decisão com «a reivindicação da autoria do atentado» que fez pelo menos 137 mortos e 182 feridos numa sala de concertos na periferia de Moscovo, na sexta-feira à noite, «pelo Estado Islâmico», bem como com «as ameaças que pairam» sobre França.

«Assim, tendo em conta as suas ramificações e intenções, como medida de precaução, mas com elementos credíveis e sólidos», foi «decidido aumentar o nível do Vigipirate», que tinha sido reduzido em janeiro, explicou Macron, à chegada à Guiana Francesa para uma visita de dois dias.

A Direção-Geral da Segurança Interna (DGSI) reunirá, por sua vez, na quinta-feira de manhã «o conjunto dos atores dos serviços secretos» para «tirar todas as consequências do atentado de Moscovo», referiu Gérald Darmanin.

«Impedimos atentados de acontecerem quase todos os meses», sublinhou o ministro do Interior, salientando que «a ameaça islamita» poderá «afetar todo o mundo, em qualquer altura, e não apenas França».

O Governo francês pretende destacar 45.000 efetivos das forças de segurança interna na região de Paris para a cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos, com unidades de elite. A capacidade de espetadores foi reduzida para quase metade, 326.000 pessoas.

Relacionados

Patrocinados