Presidente francês diz que querem "mostrar a face mais bonita da França" e querem "que a cerimónia seja o mais bem sucedida possível"
O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou esta segunda-feira estar confiante de que o país irá acolher uma cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos "muito grande", em julho, apesar das preocupações com a segurança e o risco de terrorismo.
"Podemos fazê-lo e vamos fazê-lo", afirmou Macron à RMC Radio e à BFM TV, acrescentando que as autoridades francesas "não são ingénuas" em relação ao risco de segurança.
No entanto, Macron assumiu que existe "um plano B e C" para o caso de a avaliação de segurança do Governo venha a revelar que é demasiado arriscado realizar a cerimónia no rio Sena.
"Temos cenários de recurso, há planos B e C. Para dizer a verdade, temos uma cerimónia que seria limitada ao Trocadero, mas que também poderia ser transferida para o Stade de France", afirmou.
Na cerimónia marcada para 26 de julho, o presidente francês diz que querem "mostrar a face mais bonita da França" e querem "que a cerimónia seja o mais bem sucedida possível".
"É uma estreia mundial. Podemos fazê-lo e fá-lo-emos. Demos a nós próprios os meios para o fazer. Sim, vale a pena o esforço. O nosso país foi atingido pelo terrorismo e o que os terroristas querem é impedir-nos de sonhar. Estamos a organizar-nos, estamos a resistir. Não há lugar para ingenuidade, nenhuma, e vamos dotar-nos dos meios necessários para realizar uma grande cerimónia de abertura, bem como as cerimónias de encerramento e de abertura dos Jogos Paraolímpicos. O perímetro de segurança será muito amplo, o tráfego será restringido e tudo será isolado uma semana antes. Será criado um sistema de venda de bilhetes para as plataformas superior e inferior. As forças da ordem serão mobilizadas a um nível excecional", acrescentou.
A 4 de abril, o presidente francês afirmou que não tem “qualquer dúvida” de que a Rússia vai tentar atacar os Jogos Olímpicos.
"Não tenho qualquer dúvida, incluindo em termos de informação", disse Macron em resposta a uma pergunta de um jornalista sobre se achava que a Rússia iria tentar atacar os Jogos Olímpicos.
Nos últimos meses, Macron adoptou uma posição mais dura contra a Rússia e não excluiu a possibilidade de as tropas europeias irem um dia para a Ucrânia, embora tenha deixado claro que França não tem intenção de instigar hostilidades contra a Rússia.
Os Jogos Olímpicos decorrem em Paris entre 26 de julho e 11 de agosto e, há duas semanas, Emmanuel Macron pediu um cessar-fogo à Rússia durante o evento desportivo.
