Contratos fraudulentos: Ayuso admite que o irmão cobrou 55 mil euros (mais IVA) para comprar máscaras à China

18 fev 2022, 18:33
Isabel Díaz Ayuso (EPA/Javier Lizon)

presidente da Comunidade de Madrid esclareceu que Tomás Díaz Ayuso não recebeu nenhuma comissão de intermediação, como tem insistido Pablo Casado, mas sim uma contrapartida pelo serviço prestado enquanto comercial entre o Ministério da Saúde e a empresa Priviet Sportive

Depois de ter acusado o presidente do Partido Popular (PP) de a querer "destruir de forma cruel e injusta" com acusações de corrupção sem provas, Isabel Díaz Ayuso admitiu esta sexta-feira que o irmão cobrou 55.850 euros, mais IVA, pela compra de máscaras à China. Uma comissão que está relacionada com a investigação a um contrato público de um milhão e meio de euros com o governo regional, assinado em 2020.

Em comunicado, a presidente da Comunidade de Madrid esclareceu, no entanto, que Tomás Díaz Ayuso não recebeu nenhuma comissão de intermediação, como tem insistido Pablo Casado, mas sim uma contrapartida pelo serviço prestado enquanto comercial entre o Ministério da Saúde e a empresa Priviet Sportive. 

"Tomás Díaz Ayuso enviou quatro faturas à empresa Priviet Sportive em 2020. A fatura de 30 de junho de 2020 era referente aos esforços para a compra de máscaras à China, vendidas à Comunidade de Madrid por cinco euros, quando os preços naquela altura atingiam os 10,5 euros", explicou, acrescentando ainda que "a fatura à Priviet Sportive não é uma comissão pela obtenção do contrato da Administração, mas sim a cobrança pela gestão feita para a obtenção do material e do transporte para Madrid". E especifica ainda que: "essa fatura é de 55.850 euros, mais IVA. Quanto às restantes faturas, não tenho de prestar contas porque não estão relacionadas com a Comunidade de Madrid e meu irmão tem direito à sua privacidade". 

A direção nacional do PP tem uma outra versão do factos. Garante que tem informações de que o contrato era ilegal, que houve tráfico de influência, mas não tem "suporte documental" de que Tomás Ayuso teria agido como intermediário e, por isso, recebido uma comissão de 286 mil euros.

 

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