Ronaldo Fenómeno: «Procuro um clube em Portugal para comprar»

5 nov 2019, 18:26
Ronaldo Nazário

Antigo internacional brasileiro assume interesse em investir em Portugal

O ex-futebolista brasileiro Ronaldo Nazário – ou Ronaldo ‘Fenómeno’ revelou nesta terça-feira que comprar um clube português está nos seus planos, depois de se ter tornado em setembro de 2018 o acionista maioritário dos espanhóis do Valladolid.

«Voltei há dois anos a Madrid e estava à procura de uma equipa para comprar. Procurei por todo o lado. Em Inglaterra, a segunda divisão era ainda muito cara para mim. Procurei por Portugal e ainda estou à procura. Depois, estava a fazer comentários para a televisão no Mundial de 2018 e o meu advogado ligou-me com uma oferta do Valladolid», revelou, citado pela Lusa.

Presente no Web Summit, Ronaldo explicou ainda a razão pela qual investiu no clube que disputa o campeonato espanhol.

«A equipa estava na segunda divisão. O Valladolid era exatamente o que procurava, uma equipa com uma grande história, perto de Madrid, 90 anos de vida e com a dimensão certa. Decidi abraçar o projeto e estou feliz, mas aos fins de semana sofro muito e nunca sofri assim como jogador. Estamos a sair-nos bem, temos de melhorar muito, mas estou bastante feliz com o clube», garante.

«Gostava que houvesse algum bilionário a apoiar-me, mas é mesmo o meu dinheiro», admitiu, entre risos, Ronaldo, que enumerou algumas das metas alcançadas desde que assumiu funções: «Conseguimos vender 22 mil bilhetes de época, o que foi um recorde para o clube, fizemos algumas mudanças no estádio - as primeiras desde a construção em 1982 - e melhorámos as infraestruturas de treino.»

O Valladolid defronta alguns dos principais jogadores e clubes de Espanha, emblemas pelos quais Ronaldo passou enquanto jogador.

«Jogámos há uma semana com o Barcelona e perdemos por 5-1, foi terrível. O Messi fez um grande jogo. Vamos tentar lutar com os maiores, mas temos o segundo orçamento mais baixo da Liga, com cerca de 32 milhões de euros, é muito difícil. Estamos à procura de obter mais receitas. O dinheiro não é tudo, mas pesa muito», rematou.

 

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