Shakhtar acusa FIFA de agir ilegalmente ao suspender contratos

21 dez 2022, 12:42
Shakhtar Donetsk (AP Photo/Efrem Lukatsky)

Clube ucraniano reclama 40 milhões de euros ao organismo máximo do futebol

A FIFA está a ser acusada pelo Shakhtar Donetsk de ter agido ilegalmente ao autorizar a suspensão dos contratos de futebolistas devido à guerra na Ucrânia, entendendo que a decisão custou 40 milhões de euros em receitas ao clube ucraniano.

«As medidas inapropriadas e de enorme impacto aplicadas pela FIFA acabaram por levar a uma perda de rendimentos com transferências de jogadores e um decréscimo das receitas essenciais do clube no valor de aproximadamente 40 milhões de euros», refere o diretor executivo do clube, Sergei Palkin. 

O emblema de Donetsk defende que as ações da FIFA violam «a lei da concorrência que permite aos clubes de futebol ucranianos terem acesso ao mercado europeu para a transferência de jogadores» e acusa o organismo de ter tomado a decisão de forma unilateral.

«A FIFA não agiu de acordo com as suas próprias práticas e normas de boa governação e implementou procedimentos contratuais sem qualquer avaliação da situação prática no país e sem qualquer consulta às principais partes afetadas, ou seja, os clubes ucranianos e a Associação Ucraniana de Futebol», refere a exposição que será apresentada na quinta-feira ao Tribunal Arbitral do Desporto.

Shakhtar Donetsk acusa ainda o organismo liderado por Gianni Infantino de ter violado o «princípio da estabilidade contratual, restringido a liberdade económica dos clubes e afetado a integridade das competições de futebol».

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia à Ucrânia, e que prossegue, já causou mais de 14 milhões de deslocados dentro e para fora da Ucrânia.

 

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