Artista iraniana diz que a família não apresentou queixa e que Cristiano não conhecia as leis do país.
Correu mundo, no final da semana passada, a ‘notícia’ de que Ronaldo teria sido condenado a 99 chicotadas, no Irão, por abraçar e beijar a artista paraplégica Fatemeh Hamami Nasrabadi, quando se encontraram para ela lhe oferecer os quadros que pintou com a sua cara.
O rumor fez as delícias das redes sociais e correu mundo, até que a própria embaixada iraniana em Espanha interveio, para esclarecer que se tratava de uma notícia falsa.
Depois, foi a própria artista que comentou o assunto. «As notícias falsas deixam-me muito triste e revoltam-me», disse Fatemeh, citada pelo jornal argentino Olé.
«Cristiano Ronaldo é uma personalidade extramente profissional e ética, que se envolve em temas de caridade. Abraçou-me com amor e carinho», acrescentou.
A artista iraniana entende que alguns «advogadas desempregados fizeram acusações» sem a sua autorização ou da sua família. Ela admite que Ronaldo «cometeu um delito no Irão» por a abraçar, mas destaca que a família não apresentou qualquer queixa.
Fatemeh mostrou-se segura de que o abraço do jogador português foi um gesto «de amor fraterno» e assegurou que ninguém o informou do rigor das leis iranianas.
A artista assegurou ainda que, apesar dessas leis, «ninguém tem o direito de condenar Ronaldo sem uma denúncia à justiça».
A artista, de 34 anos explicou que tem 85% do corpo paralisado desde a nascença, por ser gémea e ter ficado cinco minutos sem oxigénio, já que os médicos não conseguiam chegar até ela. Começou a pintar com os pés quando era adolescente. Já foi distinguida em festivais locais, pelo seu talento.
