Antigo internacional inglês defendeu que o consórcio liderado por Boehly deu «demasiados doces» a Graham Potter e que este não soube quais escolher
Graham Potter esteve cerca de seis meses ao comando do Chelsea. Apesar do enorme investimento em contratações, o técnico inglês alcançou apenas 12 vitórias em 31 jogos pelos blues e foi despedido no passado domingo.
O ex-internacional inglês e lenda do Man. United, Gary Neville, analisou a passagem de Potter pelos clube e criticou a gestão do consórcio liderado por Todd Boehly.
«O resultado de sábado foi um choque e acho que ninguém estava à espera. Eles esperavam chegar ao jogo contra o Liverpool depois de uma vitória contra o Aston Villa e isso deitou-os abaixo. E foi o Pottera sofrer por isso. No entanto, acho que não foi uma surpresa para ninguém», começou por dizer no programa «Monday Night Football», da Sky Sports.
«O recorde de Potter não era brilhante. (...) No início da época o Chelsea tinha o Tuchel e contratou-o o Aubameyang, o Sterlling e o Koulibaly jogadores mais experientes. Depois, os donos decidiram mudar a política de contratações e apostaram num projeto a longo prazo. Gastaram 600 milhões de euros em jovens jogadores e ofereceram-lhes contratos de oito anos. Estão desorientados. No início da temporada, descrevi-os como caóticos e não mudei de ideias. São como crianças numa loja de doces ou no "Football Manager". Deram demasiados doces ao treinador e ele não soube quais escolher. No final, foi uma confusão total», acrescentou.
Bruno Saltor vai comandar o Chelsea, 11.º classificado da Premier League, de forma interina até final da temporada. O clube inglês ainda está presente nos quartos de final da Champions, prova na qual vai defrontar o Real Madrid.