Uma mulher numa equipa de homens? Perugia pode ser pioneiro

5 set 2003, 17:19

Hanna Ljundberg é pretendida pelo clube italiano O Perugia quer contratar uma mulher para a equipa masculina. O clube da jogadora diz que é uma manobra publicitária.

A notícia surgiu há dias e espantou o mundo do futebol. O Perugia, da série A italiana, que recentemente foi falado por ter como reforço o filho de Moammar Kadhafi, pretendia contratar, para a sua equipa masculina¿ uma mulher.

Hanna Ljunberg, a escolhida, não é uma mulher qualquer, mas uma das melhores jogadoras de futebol feminino da actualidade: internacional pela selecção sueca, veste a camisola do Ulmea IK, actual detentor da Taça UEFA na versão feminina. Apontou 48 golos em 88 encontros, uma marca que terá despertado o interesse de Luciano Gaucci, o excêntrico presidente do Perugia.

Na Suécia, país onde o futebol feminino tem grande expansão (a selecção ocupa actualmente o quinto lugar do ranking mundial), a notícia foi recebida com surpresa.

Roland Armwist, dirigente do Ulmea, clube onde joga Hanna Ljundberg, disse ao Maisfutebol ter sido surpreendido pelas bombásticas declarações de Luciano Gaucci: «Só sei o que li nos jornais, porque ninguém falou connosco sobre isso. E é preciso saber se a Hanna aceitaria uma proposta dessas. No que nos diz respeito, não estamos dispostos a deixá-la sair, porque é a nossa melhor jogadora», explicou.

Para o dirigente do Ulmea, «tudo não passa de uma manobra publicitária por parte do presidente do Pergugia»: «De acordo com os regulamentos, ela estaria impedida de participar nos jogos oficiais, porque uma mulher não pode jogar numa equipa de homens».

Hanna Ljundberg encontra-se nos Estados Unidos, onde a sua selecção vai disputar um jogo particular com a Dinamarca, destinado a preparar o Mundial feminino, que terá lugar em Washington, entre 20 de Setembro e 10 de Outubro. 

Leia também:

Mais Lidas

Patrocinados