Doping: jogadores italianos querem investigar médicos

27 abr 2001, 12:50

Polémica continua a agitar futebol italiano No dia em que o Comité Olímpico de Itália promove mais uma reunião para abordar os sete casos de controlo positivo em jogadores do Calcio - entre os quais o português Fernando Couto, cuja suspensão provisória deve ser decidida hoje-, o presidente do Sindicato italiano de jogadores de futebol, Sergio Campana, garantiu que a investigação deveria ser centrada no departamento médico dos clubes e poderia ser resolvida em apenas 15 dias.

O doping continua a dominar o futebol italiano. No dia em que o Comité Olímpico de Itália promove mais uma reunião para abordar os sete casos de controlo positivo em jogadores do Calcio - entre os quais o português Fernando Couto, cuja suspensão provisória deve ser decidida hoje (sexta-feira)-, o presidente do Sindicato italiano de jogadores de futebol, Sergio Campana, garantiu que a investigação deveria ser centrada no departamento médico dos clubes e poderia ser resolvida em apenas 15 dias. 

«Para resolver esta crise deveriam juntar os presidentes e médicos dos clubes e dizer: têm 15 dias para nos dizer o que é que dão aos jogadores», garantiu Sergio Campana, para quem os atletas são a parte menos culpada de toda a situação. «Penso que estamos num espécie de zona cinzenta onde cada produto que circula dispensa três meses de ginásio. Não acredito que seja por má fé. Os jogadores desconhecem, ou pelos menos não sabem bem, aquilo que estão a tomar. É um descuido», referiu. 

Para o presidente do sindicato italiano «deveria ser elaborada uma lista de produtos, suplementos dietéticos e outros, descrevendo tudo aquilo que não traz qualquer problema aos jogadores». Os restantes produtos utilizados seriam analisados pelos investigadores e outros responsáveis. «Não podemos esquecer que existem sanções disciplinares para penalizar as declarações falsas», salientou Campana aludindo à apresentação das referidas listas. 

Para o presidente do sindicato de futebolistas, este conjunto de medidas ajudaria a esclarecer este clima de incerteza, que poderia ser resolvido em apenas duas semanas: «Se quisessem tudo ficava esclarecido em 15 dias, pelo menos aclarava-se esta zona cinzenta

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