O mais internacional entre os italianos Paolo Maldini igualou ontem, no Nepstadium, frente à Hungria, o recorde de internacionalizações (112) detido por Dino Zoff e passa, assim, a ocupar um lugar entre as lendas do futebol mundial. Os troféus ao serviço da selecção italiana têm-lhe escapado entre os dedos mas o seu nome ficará, agora, definitivamente ligado à história da «squadra azzurra».
Paolo Maldini passou ontem, se já não o era, a ser uma das figuras incontornáveis da história do futebol italiano e mundial. O defesa do Milan alcançou a sua 112.ª internacionalização, frente à Hungria, igualando o recorde detido por Dino Zoff que poderá quebrar, já no próximo dia 7 de Outubro, no Itália-Roménia.
Sempre do lado esquerdo, Maldini aproxima-se rapidamente dos dez mil minutos em campo com a camisola «azzurra». Senhor de uma regularidade quase perfeita, o seu estilo reflecte um misto de efectividade e elegância que o celebrizaram tanto na selecção italiana como no Milan, o único clube que representou em toda a sua carreira e pelo qual estreou-se, pela mão de Nils Lidholm, na Série A em 1985.
O feito histórico foi alcançado ontem, no Nepstaduim, onde a Itália empatou (2-2) com a Hungria, no início da corrida para a sua quarta fase final de um Campeonato do Mundo, depois de ter disputado os Mundiais de 1990, 1996 e 1998.
Os troféus ao serviço da selecção têm-lhe escapado entre os dedos. O Mundial-94, com Arrigo Sacchi, perdeu-o para o Brasil no desempate por grandes penalidades e o recente Euro-2000, com Dino Zoff, também escapou-lhe depois dos 90 minutos da final, com um golo de ouro de Trezeguet.
Com a camisola «rossonera» conseguiu quase tudo. Cinco campeonatos, duas supertaças italianas, três Taças dos Campeões, três Supertaças europeias e duas Taças Intercontinentais. Para o pleno só lhe falta uma Taça de Itália.
Um palmarès de sonho. Primeiro com Sacchi e depois com Capello fez parte do histórico Milan dos finais dos anos oitente e do início da década de noventa, no qual alinhavam, entre outros, Gullit, Van Basten e Baresi, que lhe cedeu a braçadeira de capitão e a condição de símbolo máximo dos «rossoneri».
Estreou-se ao serviço da «squadra azzurra» a 31 de Março de 1988, em Spalato, frente à antiga Jugoslávia e, desde então, a posição de defesa esquerdo passou a ser, indiscutivemente sua. Foi treinado por Vicini, Sacchi, pelo seu próprio pai Cesare Maldini, Dino Zoff e, agora, Giovanni Trapattoni.
A marca de 112 internacionalizações alcançada por Maldini, momentaneamente partilhada com Zoff, é seguida por Facchetti (94), Baresi, Bergomi e Tardelli (todos com 81), Scirea (78), Antognioni, Cabrini e Albertini (73).
A nível mundial, Maldini fica ainda longe do recorde estabelecido, no decorrer do Euro-2000, pelo alemão Lothar Matthaeus (150 jogos) mas conquistou definitivamente um lugar entre as lendas do futebol mundial.
Data de nascimento: 26/6/1968
Altura: 1,87 m
Peso: 85 kg
Número da camisola: 3
Clubes: Milan
Campeonatos: 5 (1988, 1992, 1993, 1994 e 1996)
Supertaças: 3 (1988, 1992 e 1993)
Taça dos Campeões: 3 (1989, 1990 e 1994)
Supertaças europeias: 3 (1990, 1991 e 1995)
Taças Intercontinentais: 2 (1989 e 1990)
Estreia: Jugoslávia-Itália, 1-1 (1/5/1988)
Jogos: 112 jogos
Golos:7 golos
1984/85 |
1 |
0 |
1985/86 |
27 |
0 |
1986/87 |
29 |
0 |
1987/88 |
26 |
2 |
1988/89 |
26 |
0 |
1989/90 |
30 |
1 |
1990/91 |
26 |
4 |
1991/92 |
31 |
3 |
1992/93 |
31 |
2 |
1993/94 |
30 |
1 |
1994/95 |
29 |
2 |
1995/96 |
30 |
3 |
1996/97 |
26 |
1 |
1997/98 |
30 |
0 |
1998/99 |
31 |
1 |
1999/00 |
27 |
1 |