Fatma Samoura defende equilíbrio de género no órgão máximo do futebol
Fatma Samoura, a primeira mulher a desempenhar as funções de secretária-geral da FIFA, quer que metade dos cargos de dirigente sejam assumidos por mulheres. A senegalesa aponta o final do mandato de Gianni Infantino para concretizar o equilíbrio entre géneros.
«Ao nível dos quadros da FIFA, já temos mais mulheres que homens [61 por cento] mas quando subimos na hierarquia, ao nível dos quadros superiores, somos 42 por cento de mulheres. O ideal seria que, no termo do mandato de Infantino, em 2019, pudessem existir 50 por cento de mulheres em lugares de responsabilidade», disse à agência AFP, esperando que o seu exemplo leve mais mulheres para as instâncias do futebol.
«É a primeira vez que uma mulher não europeia, muçulmana, ocupa esta função. A diversidade também pode ser aplicada ao futebol», referiu.
«Este é um mundo fechado, onde as pessoas não têm o hábito de questionar as tradições. Todos conhecem o meu passado nas Nações Unidas. Há temas no futebol que me são familiares e sobre os quais trabalhei 20 anos: diversidade, inclusão, direitos do homem», frisou.
Samoura, nas últimas duas décadas esteve ligada a trabalho em países africanos, para as Nações Unidas, foi anunciada pelo presidente Gianni Infantino para secretária-geral da FIFA em 2016, no México, por ocasião do 66.º aniversário da entidade.
