Siqueira: «Arrependi-me de não ter assinado mais épocas com o Benfica»

1 mar, 15:03
Guilherme Siqueira (Benfica)

Antigo defesa concedeu uma entrevista ao jornal «AS», onde recordou a transferência falhada para o Real Madrid e a lesão no tornozelo que o impede de jogar futebol com os amigos

Guilherme Siqueira, hoje com 37 anos, jogou no Benfica na temporada 2013/2014, por empréstimo do Granada. O antigo defesa concedeu agora uma entrevista ao jornal «AS», onde se mostrou arrependido por não ter assinado um contrato mais longo com as águias.

«No Benfica ganhámos três títulos nacionais e disputámos a final da Liga Europa. Conheci o Jorge Jesus e o clube. Aliás, arrependi-me de não ter assinado mais épocas com o Benfica e de não ter ido para o Real Madrid», disse Siqueira.

Na mesma entrevista, o ex-jogador recordou a transferência falhada para o Real Madrid, uma vez que Fábio Coentrão não abandonou a capital espanhola.

«No último dia de mercado, quando não tinha nada e ia ficar no Granada, o meu representante telefonou-me para dizer que o Benfica me queria emprestado. Apanhei um avião e quando embarquei o Quique Pina e o meu agente ligaram-me. Ambos me disseram que o Coentrão estava de saída e que ia assinar pelo Real Madrid. Assim que cheguei a Lisboa, num escritório onde havia um fax, assinei o meu contrato e já era jogador do Real Madrid. Já era tarde e estávamos todos felizes, mas José Ángel Sánchez ligou-me e disse que a documentação do Coentrão e do Manchester não tinha chegado a tempo e que o negócio não poderia ser feito. José Ángel Sánchez disse-me para regressar a Granada e que assinaríamos um pré-contrato para janeiro. Eu disse-lhe que não. Estive em Lisboa e assinei com o Benfica. Já tinha feito tudo com o Real Madrid, salário e anos. Eu ia jogar três anos de branco», relembrou Siqueira.

Por fim, o antigo defesa esquerda abordou a grave lesão no tornozelo, que o fez terminar a carreira aos 30 anos.

«Até hoje não posso jogar futebol com os meus amigos nem praticar desportos de impacto. A única coisa que faço é andar de bicicleta ou nadar. Sofri uma lesão significativa na cartilagem aos 18 anos, quando cheguei a Itália. Quando estava no Valência tentei treinar e jogar, mas a lesão já estava bastante avançada. Piorou muito e continua a piorar. Tudo mudou num jogo e disse que tinha de me retirar porque não estava a desfrutar e a minha saúde estava em jogo. Esse jogo foi contra o Real Madrid e vencemos por 2-1 no Mestalla. Voro era o treinador e colocou Gayà como lateral-esquerdo e Nani como extremo. Fiquei no banco e como não fui titular não me infiltrei, que era o que fazia antes de cada jogo para poder jogar. Imaginem, cheguei ao Mestalla a coxear antes de jogar. Mas naquele jogo não me infiltrei e antes do intervalo o Nani lesionou-se. Voro disse-me para entrar e eu joguei com uma dor incrível. Vencemos o Real Madrid, os adeptos estavam eufóricos e eu não estava a gostar. Eu não estava feliz. Naquele dia, assim que saí do Mestalla, liguei para o meu pai e disse-lhe que não conseguia continuar a jogar porque o meu dia a dia era difícil e eu não estava a gostar», concluiu Siqueira.

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