Alexander Schallenber tomou posse como novo chanceler austríaco

11 out 2021, 13:57
Alexander Schallenberg

Conservador substitui Sebastian Kurz, que se demitiu na sequência de uma investigação por alegada corrupção.

O conservador Alexander Schallenber, até ao momento ministro dos Negócios Estrangeiros, prestou hoje juramento como chanceler federal austríaco em substituição de Sebastian Kurz, que se demitiu na sequência de uma investigação por alegada corrupção.

A cerimónia decorreu na sede da Presidência austríaca, em Hofburg, onde o chefe de Estado, o ecologista Alexander van der Bellen, cessou formalmente minutos antes o mandato do anterior chanceler, tal como o próprio Sebastian Kurz tinha pedido. 

O novo chefe da diplomacia austríaca, que também assumiu funções na mesma cerimónia, é Michael Linhart, diplomata de 63 anos e até ao momento embaixador de Viena em Paris. 

Esta remodelação na cúpula do Executivo austríaco permite a continuidade da coligação entre conservadores e verdes.

O Presidente da República considerou "superada" a crise governamental que começou na semana passada quando a Procuradoria revelou que estava a investigar o chanceler Kurz.  

Mesmo assim, Alexander van der Bellen alertou os novos responsáveis políticos, assim como o vice-chanceler Werner Kogler (Verdes) que se mantém no cargo, que enfrentam atualmente uma "grande responsabilidade" em virtude do escândalo de corrupção "para que seja recuperada a confiança da população".

"Pela minha parte, acredito que os parceiros de coligação consigam criar uma base viável para uma cooperação governamental estável", acrescentou o chefe de Estado.

O conservador Sebastian Kurz, 35 anos, líder do Partido Popular (OVP) anunciou no sábado passado - reiterando inocência - a demissão como chefe do Governo, propondo Schallenberg como substituto.

Apesar de ter pedido a exoneração do cargo de chanceler, Kurz mantém-se politicamente ativo como presidente do grupo parlamentar do Partido Popular. 

A Procuradoria acusa Kurz de alegada corrupção e nove colaboradores assim como o Partido Popular de má gestão e também do uso indevido de fundos públicos para a realização de sondagens manipuladas e que foram publicadas na imprensa austríaca.  

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