Mundial de Clubes: Tigres de Ferretti derrubam Palmeiras de Ferreira

7 fev 2021, 20:12

Um golo solitário de Gignac abriu caminho para uma final histórica para os mexicanos

O Palmeiras de Abel Ferreira caiu na meia-final do Mundial de Clubes diante dos mexicanos do Tigres. A equipa brasileira esperou muito tempo por um erro do adversário e acordou demasiado tarde num jogo em que a equipa mexicana foi bem mais pragmática e, graças a uma grande penalidade do experiente Gignac, fez, desde já, história na competição, ao tornar-se no primeiro representante da CONCACAF a chegar à final.

Abel Ferreira repetiu o onze da final da Libertadores diante de um Tigres que também se apresentou na máxima força, com destaque para a presença do ex-portista Diego Reyes na defesa e de Gignac, a grande referência do ataque dos mexicanos. Duas equipas que entraram em campo determinadas, em primeiro lugar, em não cometer erros. Duas equipas com muitas cautelas defensivas a apostar tudo no erro do adversário. Foi, assim, um início de jogo com ritmo baixo, pelo menos, para os padrões europeus.

A equipa de Abel Ferreira fazia-se notar mais pelo coletivo, bem organizada em termos defensivos, procurando depois sair em transições rápidas, apostando na velocidade de Menino, Veiga e Rony. O Tigres, por seu lado, procurava explorar mais as faixas laterais, com o lateral Rodríguez em particular destaque, a conseguir profundidade no seu corredor.

Foi, aliás, numa investida de Rodríguez que surgiu a primeira oportunidade de golo, logo aos cinco minutos, com um cruzamento bem medido para a cabeçada de Carlos Gonzalez para uma espetacular defesa de Weverton. O Palmeiras tinha mais dificuldade em conseguir entrar na área do Tigres, mas Rony tentou a sua sorte da meia distância e também permitiu a Guzmán brilhar na outra baliza. Uma defesa incompleta que ainda permitiu uma recarga de Menino, mas o médio estava adiantado.

O Palmeiras dava total prioridade à boa organização posicional da sua equipa, mas o Tigres começava a tirar dividendos da maior mobilidade que apresentava no último terço, com Aquino e Quiñonez a alargarem o jogo e Carlos Gonzalez e Gignac muitos soltos na área. Até ao intervalo, Weverton teve de se aplicar por mais duas vezes para defender remates venenosos de Gignac, mas o nulo manteve-se sólido até ao intervalo.

A segunda aparte começou praticamente com uma grande penalidade favorável ao Tigres, depois de Luan agarrar Carlos González em plena área. Gignac, desde a marca dos onze metros, atirou forte e colocado, Weverton ainda chegou à bola, mas não conseguiu evitar o golo que acabaria por ser determinante. O Palmeiras estava obrigado a mudar, mas demorou uma eternidade a crescer no jogo.

Abel Ferreira foi mudando a equipa, mas os Tigres também se foram adaptando, com um bloco mais baixo, agora numa espécie de 5x3x2, a fechar todos os caminhos para a baliza de Guzmán, com uma defesa bem afinada, nas movimentações, a deixar sistematicamente os brasileiros em fora de jogo.  O crescimento do Palmeiras só foi mais evidente nos últimos dez minutos do jogo, altura em que Abel Ferreira já tinha trocado meia equipa e, do outro lado, Ricardo Ferreti ainda não tinha mexido no onze inicial.

O crescimento dos brasileiros era, assim, proporcional ao evidente desgaste dos mexicanos que, apesar de tudo, conseguiram manter o acerto defensivo até final. Nos últimos instantes do jogo, Luiz Adriano, Scarpa e Viña ainda tentaram o empate, mas o Tigres segurou a curta vantagem e fez mesmo história na competição.

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