Veterinária suspensa de funções no ICNF por alegada fraude com vacinas

Agência Lusa , MM
11 nov 2023, 11:17
GNR (imagem Getty)

A GNR deteve, na quarta-feira, cinco pessoas em Barcelos, no âmbito de uma investigação por suspeita de crimes de falsificação de documentos, atestado falso e falsidade informática relacionados com o registo de vacinação de canídeos

O Tribunal de Braga decidiu suspender de funções no Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) uma veterinária de Barcelos detida pela GNR pela alegada participação num esquema de falsificação de vacinação de canídeos, foi anunciado este sábado.

Fonte da GNR disse à Lusa que aquela arguida fica ainda suspensa da atividade de médica veterinária e de todas as atividades relacionadas com atos veterinários e proibida de aceder a qualquer plataforma de registo de animais.

Fica também proibida de contactar com qualquer dos outros indiciados no processo ou com outras pessoas com as quais que tenha tido relação enquanto veterinária, ficando igualmente proibida de aceder ou frequentar associações e outros locais onde existe concentração de animais.

A GNR deteve, na quarta-feira, cinco pessoas em Barcelos, no âmbito de uma investigação por suspeita de crimes de falsificação de documentos, atestado falso e falsidade informática relacionados com o registo de vacinação de canídeos.

Com idades entre os 21 e os 70 anos, os suspeitos são a veterinária e mais quatro familiares da mesma.

Estes quatro familiares ficam proibidos de contactos com os outros envolvidos no processo.

Estas medidas de coação foram aplicadas, na última noite, por uma juíza de instrução criminal do Tribunal de Braga.

A operação consistiu no cumprimento 32 mandados de buscas domiciliárias e 39 em veículos, nos distritos de Braga, Lisboa e Vila Real.

Foram apreendidos 53.099 euros, 348 boletins sanitários de vacina de canídeos, 109 ampolas de vacinas antirrábicas, 540 vinhetas médicas, 23 telemóveis, dez computadores portáteis, três discos rígidos de armazenamento, uma arma de fogo, um revólver e diversos documentos relacionados com atos médicos veterinários e com os crimes em investigação.

Fonte policial explicou à Lusa que em causa estão documentos falsos que, a troco de uma determinada quantia em dinheiro, seriam passados designadamente a caçadores, dando conta de que os seus cães teriam recebido a vacina antirrábica.

Os caçadores teriam interesse neste esquema por considerarem que aquela vacina afeta o faro dos cães, diminuindo assim a sua capacidade para a caça.

Foram ainda constituídos mais 27 arguidos, todos caçadores de vários concelhos do norte.

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