Professora despedida depois de estar ausente durante 20 dos seus 24 anos de serviço

TVI , MSM
27 jun 2023, 20:13
Sala de aula (pixabay)

Supremo Tribunal italiano reverteu a decisão anterior e confirmou a dispensa por "inaptidão"

Uma professora italiana foi demitida por estar ausente durante 20 dos seus 24 anos de carreira como docente em escolas perto de Veneza. O Supremo Tribunal de Justiça confirmou a sua dispensa após uma batalha judicial, por considerar que Cinzia Paolina De Lio demonstrou uma “permanente e absoluta inaptidão” para lecionar.

De Lio foi demitida em 2017, quando reapareceu por quatro meses e foram feitas queixas. Em 2018, acabou por ser reintegrada por decisão de um juiz de Veneza, mas o Ministério da Educação recorreu e o Supremo Tribunal acabou por reverter agora a decisão anterior.

Segundo o ministério, a professora, que lecionava há 24 anos, passou 20 longe das salas de aula, usando baixas médicas, férias e licenças para participar em conferências.

Para além disso, quando reapareceu na escola, De Lio ignorou os alunos, improvisou aulas, deu notas de forma aleatória e pediu livros emprestados aos jovens, que denunciaram o comportamento impróprio da docente.

A professora, que deveria lecionar História e Filosofia numa escola secundária, chamou a atenção dos inspetores escolares. Segundo eles, as aulas de Cinzia De Lio eram confusas, uma vez que improvisava. Viram ainda que esta pediu livros aos alunos, alegando ter-se esquecido dos seus.

A docente acabou por ser despedida, mas levou o caso a tribunal e conseguiu o seu emprego de volta. Agora, viu a decisão ser revertida pelo Supremo Tribunal, mas não se conforma.

“Vou reconstruir a veracidade dos factos desta história absolutamente única e surreal”, promete De Lio. Mas não ao La Repubblica, que a contactou para ouvir o seu lado da história. “Desculpe, mas agora estou na praia”, terá respondido a professora que quer “gerir pessoalmente a vertente mediática da história” como jornalista freelancer.

“Não respondo a perguntas de jornalistas que não façam justiça à verdade da minha história, que é única”, apontou, mostrando-se contudo disponível para enviar “documentos úteis aos colegas” que a solicitem.

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