FIFPro: mais de 40 por cento dos futebolistas já teve salários em atraso

29 nov 2016, 11:23
Boavista-Marítimo (Lusa)

Inquérito referente às duas últimas épocas

A Federação Internacional dos Futebolistas Profissionais (FIFPro) publicou, nesta terça-feira, o resultado de um inquérito que revela que mais de 40 por cento dos futebolistas já teve salários em atraso. O estudo, levado a cabo pela Universidade de Manchester, abordou um total de 13.876 futebolistas, dos quais 41 por cento admitiu uma situação salarial irregular nos últimos dois anos.

Este inquérito não abrange, segundo a FIFPro, países como Portugal, Inglaterra, Espanha, Alemanha, Holanda, Argentina ou México, uma vez que não foram recolhidas informações suficientes. Ainda assim, o organismo recorreu ao exemplo de Michael Uchebo, jogador que se queixa de não receber salários do Boavista desde abril, para explicar a gravidade deste problema. 

Theo van Seggelen, secretário-geral do sindicato internacional, referiu que este inquérito serve de alerta para os clubes:

«Isto serve para despertar os clubes e os dirigentes. Não podemos aceitar esta situação», declarou, acrescentando que «os jogadores são seres humanos normais que merecem ser pagos a tempo e horas, porque também têm filhos e contas para pagar».

O mesmo estudo indica ainda que cerca de 10 por cento dos jogadores foram vítimas de violência, 51 por cento dos quais foram agredidos por adeptos. Dezasseis por cento dos atletas confessou, também, ter recebido ameaças, ao passo que sete por cento admitiu ter sido abordado para falsear resultados.

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