Inflação sobe para 3,7% em agosto

ECO - Parceiro CNN Portugal , Joana Morais Fonseca
31 ago 2023, 09:37
Supermercado (Getty Images)

Taxa de inflação homóloga terá aumentado de 3,1% em julho para 3,7% em agosto, após 9 meses consecutivos a abrandar. Agravamento é "essencialmente" explicado pelo aumento dos preços dos combustíveis

Após nove meses consecutivos a abrandar, a taxa de inflação terá acelerado para 3,7% em agosto, isto é, um aumento de 0,6 pontos percentuais face à registada em julho. "Esta aceleração é essencialmente explicada pelo aumento de preços registado nos combustíveis", de acordo com a estimativa rápida divulgada esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

“Tendo por base a informação já apurada, a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá aumentado para 3,7% em agosto de 2023, taxa superior em 0,6 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior”, adianta o gabinete de estatísticas. O mês de agosto interrompe, deste modo, a descida de preços que se estava a verificar há nove meses, depois de a taxa de inflação de ter atinguido um pico de 10% em outubro.

Desconstruindo os indicadores, o INE nota “esta aceleração é essencialmente explicada” pelo aumento dos preços dos combustíveis, que aceleraram de -14,92% em julho para -6,51% em agosto, em termos homólogos. Já o índice relativo aos produtores alimentares não transformados terá desacelerado, na variação homóloga, de 6,82% em julho para 6,47% em agosto.

Na comparação em cadeia, o IPC em agosto terá ficado 0,3% face ao registado em julho, valor que contra com os -0,4% em julho e -0,3% em agosto de 2022.

Por outro lado, no que toca ao indicador de inflação subjacente, que exclui os produtos alimentares não transformados e energéticos, esta terá continuado a abrandar para 4,5% em agosto (contra 4,7% no mês anterior). É o sétimo mês de alívio.

Já o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), que permite a comparação entre países europeus, terá acelerado para 5,3% face a agosto de 2022, o que contrasta com os 4,3% registados no mês anterior.

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