Idosa ficou hora e meia à espera do INEM depois de ter caído na rua. Foi socorrida pelos bombeiros, mas acabou por morrer no hospital

CNN Portugal , DCT, atualizada às 11h47
23 jul 2022, 09:19

INEM afirmou que não tinha ambulâncias disponíveis para socorrer a idosa de 83 anos em Campolide, Lisboa. Entretanto, determinou a abertura de um processo de inquérito para apurar em pormenor todas as circunstâncias

Uma mulher de 83 anos morreu na madrugada de terça-feira no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, depois de ter estado uma hora e meia à espera de uma ambulância em Campolide.

Segundo a informação avançada pelo Jornal de Notícias (JN), a idosa, uma professora reformada, caiu na passada segunda-feira num passeio, tendo ferido a cabeça, e só foi socorrida uma hora e meia depois, quando chegou uma ambulância dos Bombeiros de Fanhões, da corporação de Loures. O INEM não conseguiu dar resposta, afirmando que, naquele momento, não tinha viaturas disponíveis.

“Todas as [ambulâncias] que foram contactadas, num total de 29 entidades, estavam ocupadas noutras missões de emergência”, disse o INEM ao JN, que adiantou ainda que “a indisponibilidade momentânea de meios no sistema é uma situação pontual”.

Durante todo o tempo de espera, a idosa esteve deitada na rua, a sangrar da cabeça, e amparada por moradores, que fizeram várias chamadas para o INEM, mas sem sucesso.

Já este sábado, através de um comunicado, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) veio lamentar “profundamente o desfecho que a situação ocorrida no passado dia 18 de julho, em Campolide” e afirma que “já determinou a abertura de um processo de inquérito para apurar em pormenor todas as circunstâncias que motivaram o atraso na assistência pré-hospitalar a esta utente”.

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