O drama do jovem ex-Arsenal que ficou tetraplégico com uma bebida adulterada

24 abr 2023, 18:14
Daniel Cain ainda poderá voltar a andar

Daniel Cain viu a carreira interrompida e a vida seriamente comprometida numa noite de copos com os amigos

O jornal inglês The Independent foi à procura de saber o que é feito de Daniel Cain, um antigo jogador da formação do Arsenal que, há dois anos, viu a carreira e a vida pessoal interrompida depois de uma saída à noite com amigos em que ingeriu uma bebida adulterada que lhe provocou severos danos físicos.

Foi já há dois anos, a 9 de junho de 2020, que Daniel viu todos os sonhos tolhidos por uma bebida que lhe provocou uma paragem cardiorrespiratória e, consequentemente, danos severos no cérebro e espinal medúla, ao ponto do jogador, atualmente com 23 anos, ter ficado tetraplégico.

Na altura, o jovem jogador ficou em coma e os médicos avisaram a família que seria um «milagre» que o jovem viesse a «acordar» e a recuperar todas as funções cognitivas. A verdade é que Cain regressou, 25 dias depois, embora com muitas limitações.

«Eu não conseguia aceitar que ele não ia voltar. Quando acordou, não conseguia fazer nada. Não conseguia mexer-se. Era como um bebé recém-nascido, mas as enfermeiras diziam que ele as seguia com os olhos, portanto ele estava lá», contou a mãe do jovem, Tracey Cain.

Daniel, apesar das muitas limitações, tem vindo a recuperar, passo a passo e já se recorda de episódios da sua infância. «Está a voltar aos poucos e a melhorar a cada dia que passa. A memória dele a longo prazo, como coisas da infância... Ainda se lembra disso tudo», contou ainda Tracey Cain.

Nos últimos dois anos, Daniel andou de hospital em hospital, de especialista em especialista, e acabou por conseguir regressar a casa, mas está sentado numa cadeira de rodas e precisa de um acompanhamento e apoio 24 horas por dia.

Segundo conta o The Independent, Daniel vai ter oportunidade de voltar a andar, com o apoio da empresa Neurokinex, através de uma terapia de reabilitação intensa. No entanto, este tratamento, que custará cerca de 1.100 a 2.200 euros por mês, é apenas comparticipado parcialmente pelo serviço nacional de saúde inglês (NHS).

A família do antigo jogador criou, entretanto, um «GoFund Me» para apoiar Daniel e, nesta altura, já amealhou 63 mil euros.

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