Carros de luxo ainda a arder nos Açores, mas com menos intensidade. Poluição é a maior preocupação

Agência Lusa , HCL
20 fev 2022, 17:49

Com a redução da intensidade do incêndio, as autoridades ponderam agora permitir a ida a bordo dos técnicos de uma empresa holandesa, contratada pelo armador, para iniciarem os procedimentos necessários ao reboque do navio, que poderá regressar à Europa, de onde tinha partido para uma travessia do Atlântico, ou seguir até às Bahamas

O incêndio ativo desde quarta-feira a bordo do navio mercante Felicity Ace, ao largo da ilha do Faial, nos Açores, diminuiu de intensidade nas últimas horas, revelou o capitão do Porto da Horta, Mendes Cabeças.

O incêndio diminuiu de intensidade nas últimas horas. Existem apenas pequenos focos de incêndio espalhados pelo navio, mas já não com aquela intensidade inicial”, disse à agência Lusa o capitão do Porto da Horta, adiantando que esta alteração nas condições do incêndio resulta do facto de “a matéria a bordo já se ter consumido e de, portanto, não haver mais matéria para arder”.

A embarcação, que transportava cerca de quatro mil automóveis, que se destinavam ao mercado norte-americano, emitiu na quarta-feira um alerta, por ter "fogo ativo no porão de carga", numa altura em que se encontrava a cerca de 90 milhas náuticas (cerca de 170 quilómetros) a sudoeste da ilha do Faial, nos Açores.

 

 

Os 22 tripulantes que estavam a bordo do Felicity Ace foram resgatados em segurança, no mesmo dia, pela Força Aérea Portuguesa, enquanto a Marinha fez deslocar para o local o navio de patrulha oceânico NPR Setúbal, para acompanhar a evolução do acidente.

A nossa preocupação tem sido com a poluição, uma vez que o navio tem a bordo grandes quantidades de combustível, além das baterias dos automóveis, mas até agora não se registou nenhum foco de poluição”, garantiu Mendes Cabeças.

Com a redução da intensidade do incêndio, as autoridades ponderam agora permitir a ida a bordo dos técnicos de uma empresa holandesa, contratada pelo armador, para iniciarem os procedimentos necessários ao reboque do navio, que poderá regressar à Europa, de onde tinha partido para uma travessia do Atlântico, ou seguir até às Bahamas.

Além do navio de patrulha da Marinha, está também no local o rebocador Thor B, que tinha sido contratado pelo Governo dos Açores para garantir o transporte de mercadorias entre as ilhas do Grupo Central e Ocidental, que tem estado a fazer o “arrefecimento” do casco do Felicity Ace, de forma a facilitar a ida a bordo dos técnicos.

O capitão do Porto da Horta aguarda a chegada à ilha do Faial, ainda durante este domingo, de um rebocador holandês, o ALP Guard, proveniente de Gibraltar, que irá transportar mais técnicos até ao local do acidente.

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