Detenção do ex-primeiro-ministro paquistanês gerou uma onda de violentos protestos no país
O Supremo Tribunal do Paquistão decidiu esta quinta-feira que a detenção de Imran Khan foi ilegal e determinou que o ex-primeiro-ministro fosse libertado. "A detenção foi inválida, todo o processo tem de ser anulado", justifica o chefe do Supremo Tribunal, Umar Ata Bandial.
Embora tenha ordenado a libertação de Imran Khan, o tribunal solicitou ao antigo primeiro-ministro que coopere com o Gabinete Nacional de Responsabilidade, a entidade que vai proceder com a investigação do caso.
Umar Ata Bandial pede ainda que Imran Khan condene os protestos violentos que surgiram após a sua detenção. Espera ainda que o antigo governante faça um apelo à paz.
Os apoiantes de Imran Khan foram entretanto vistos a dançar perto do prédio do Tribunal para comemorar a libertação determinada pela Justiça.
Imran Khan foi detido terça-feira numa operação-surpresa que levou dezenas de polícias a invadir um tribunal na capital Islamabad para o deter. O antigo governante é alvo de várias acusações de corrupção. A detenção gerou uma onda de violentos protestos no país.