Dia Mundial da Hipertensão: o que acontece no organismo de uma pessoa com pressão arterial alta?

CNN Brasil , Lucas Rocha
17 mai 2023, 14:36
Hipertensão (Pexels)

Doença é considerada silenciosa, uma vez que pode não apresentar sintomas ao longo dos anos; entenda os riscos

A elevação sustentada dos níveis de pressão arterial define a hipertensão, também conhecida como pressão alta. São consideradas hipertensas as pessoas que apresentam pressão igual ou maior que 14 por 9.

A doença é considerada silenciosa, uma vez que pode não apresentar sintomas ao longo dos anos. No entanto, a condição aumenta os riscos de desenvolvimento de outras doenças cardiovasculares e renais, além de ser comumente associada a outros problemas crónicos e a eventos como morte súbita, acidente vascular cerebral, enfarte, insuficiência cardíaca e doença arterial periférica.

O Dia Mundial da Hipertensão, celebrado nesta quarta-feira (17), promove a consciencialização sobre os cuidados e a prevenção da doença que afeta mais de 38 milhões de pessoas no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde. [nota: em Portugal, serão cerca de 2 milhões, segundo a Fundação Portuguesa de Cardiologia]

Consequências para o organismo

A pressão alta e sustentada pode levar a um esforço maior do coração para que o sangue seja distribuído pelo corpo humano.

O problema de saúde é um dos principais fatores de risco para a ocorrência de doenças cardiovasculares, como acidente vascular cerebral, enfarte agudo do miocárdio, aneurisma arterial e perda da função dos rins e insuficiência cardíaca.

A hipertensão também é uma condição crónica com múltiplos fatores de risco, como fatores genéticos e comportamentais.

Na maior parte dos casos, é uma doença sem sintomas. Alguns pacientes podem apresentar sinais quando há elevação da pressão arterial de forma abrupta ou quando já existe algum tipo de comprometimento de órgãos. Nesses casos, os sintomas mais comuns são dor de cabeça — especialmente na região da nuca, tonturas, zumbido no ouvido, fraqueza e visão embaçada.

Controle da pressão

A tensão alta não tem cura, mas pode ser controlada a partir de tratamento com medicamentos e a adoção de hábitos saudáveis de alimentação e atividade física.

Além dos medicamentos disponíveis atualmente, que só devem ser adotados a partir da recomendação médica, o Ministério da Saúde recomenda o controle de peso, a redução do consumo de sal e de temperos industrializados.

Ainda sobre a alimentação, deve evitar-se o consumo de ultraprocessados, priorizando alimentos naturais e ampliando o consumo de frutas, verduras, legumes, produtos lácteos com baixo teor de gordura, cereais integrais, peixes, aves e oleaginosas (castanhas, amendoim, nozes).

Frutas como banana, laranja-pera, mexerica ou tangerina, mamão formosa, goiaba, abacate, melão e oleaginosas (castanhas, amendoim, nozes) contribuem para maior ingestão de potássio, que podem auxiliar no controle da pressão arterial.

Fatores de risco

A pressão alta é uma condição crónica com múltiplos fatores de risco, como fatores genéticos e comportamentais.

Segundo o Ministério da Saúde brasileiro, os principais fatores de risco para a hipertensão arterial são: alimentação inadequada baseada em alimentos ultraprocessados, o uso nocivo de álcool, tabagismo, sobrepeso e obesidade, além da inatividade física.

“Estima-se que um terço dos casos de hipertensão guarde alguma relação com a obesidade que, por diversos mecanismos, contribui para a ocorrência da doença, sendo considerado um dos seus principais fatores de risco, tanto em adultos como em crianças”, afirma o médico e cirurgião-geral Leonardo Emilio.

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