Rússia restringe acesso aos sites da BBC, Deutsche Welle, Meduza e Svoboda

Agência Lusa , BCE
4 mar 2022, 09:31
Rússia

A Rússia é regularmente descrita por ONGs como um dos países mais restritivos do mundo quando se trata de liberdade de imprensa, mas a situação piorou desde o início da invasão da Ucrânia

As autoridades russas restringiram esta sexta-feira o acesso aos sites de quatro meios de comunicação independentes, incluindo a edição local da BBC, reforçando ainda mais o controlo sobre as informações uma semana após o início da invasão da Ucrânia.

De acordo com o regulador dos média russo (Roskomnadzor), o acesso aos sites das edições em russo da BBC e da rádio e televisão internacional alemã Deutsche Welle (DW), o site independente Meduza e Radio Svoboda foi "limitado".

Roskomnadzor indica que as decisões foram tomadas em 24 de fevereiro, dia em que Vladimir Putin lançou a invasão da Ucrânia.

Esta manhã, as páginas principais da BBC e da Deutsche Welle abriram de forma intermitente, mas alguns artigos sobre a guerra na Ucrânia estavam inacessíveis, segundo jornalistas da Agência France Presse em Moscovo.

As páginas do Meduza e do Svoboda estavam completamente inacessíveis.

A Rússia é regularmente descrita por Organizações Não Governamentais como um dos países mais restritivos do mundo quando se trata de liberdade de imprensa, mas a situação piorou desde o início da invasão da Ucrânia.

As autoridades russas proibiram os órgãos de comunicação social de usar informações que não fossem declarações oficiais e proibiram o uso de palavras como "guerra" e "invasão".

Na quinta-feira, após o bloqueio de sites pelas autoridades, a emblemática estação de rádio Ekho Moskvy (Eco de Moscovo) anunciou sua autodissolução e o canal de televisão independente Dojd suspendeu a sua atividade.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de um milhão de refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia, entre outros países.

Europa

Mais Europa

Mais Lidas

Patrocinados