"Todos os rublos pagos em impostos transformam-se em mortes e lágrimas das crianças ucranianas", acusa o Ministério
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia recorreu às redes sociais para partilhar uma imagem que mostra as principais 50 empresas que ainda estão a operar na Rússia, acusando-as de serem cúmplices com a máquina de guerra de Vladimir Putin.
"Todos os rublos pagos em impostos transformam-se em mortes e lágrimas das crianças ucranianas", lê-se na publicação.
#Ukrainian Foreign Ministry publishes a list of international companies that continue to do business in #Russia. They are urged to change their decision. pic.twitter.com/YhSemfO4jk
— NEXTA (@nexta_tv) March 9, 2022
Quem fica?
De acordo com uma lista publicada pela Universidade de Yale, cerca de 300 companhias já suspenderam operações na Rússia, mas há quem permaneça. Quem são essas empresas?
- Abbott Labs: a Rússia é responsável por menos de 2% das vendas da Abbott. A empresa já condenou os ataques, mas não se manifestou sobre o escritório em Moscovo.
- AbbVie: farmacêutica com escritório em Moscovo. Ainda não se pronunciou.
- Accor: 55 hóteis na Rússia. Emitiu comunicado de solidariedade com a Ucrânia, mas não fala sobre as operações em território russo.
- AmerisourceBergen: a distribuidora farmacêutica emitiu comunicado onde afirma que continua a operar na Rússia.
- Arconic: segundo a Universidade de Yale, 9,4% da receita da empresa de alumínio vem da Rússia. Ainda não foi emitido nenhum comunicado.
- Bridgestone Tire: mantém as fábricas na Rússia a funcionar e emitiu comunicado sobre os edifícios e empregados na Ucrânia.
- Bunge: último comunicado é anterior à invasão russa. 2.6% da receita vem da Rússia.
- Cargill: Empresa tem 1.500 funcionários na Rússia. Ainda não foi emitido nenhum comunicado.
- Caterpillar: 8% das receitas vêm da Rússia. Ainda não foi emitido nenhum comunicado.
- Citi: Banco continua a operar na Rússia e tem emitido vários alertas aos clientes.
- Citrix: Ainda não foi emitido nenhum comunicado.
- Coty: marca de cosméticos com 3% da receita vinda da Rússia. Ainda não foi emitido nenhum comunicado.
- Cummins: tem cerca de 700 empregados
- Deere: empresa de tratores e máquinas agrícolas ainda não emitiu nenhum comunicado.
- Dow: Ainda não foi emitido nenhum comunicado.
- Fast Retailing/Uniqlo: Uniqlo vai manter abertas as 50 lojas que tem na Rússia, anunciou Tadashi Yanai, CEO da Fast Retailing Co., a companhia mãe da Uniqlo.
- Ferragamo: 1% da receita vem Rússia.
- Greif: Ainda não foi emitido nenhum comunicado.
- Grupo Bimbo: Ainda não foi emitido nenhum comunicado.
- Herbalife: 3% da receita vem Rússia. Empresa não se pronuncia online desde 23 de fevereiro.
- Hilton: 29 hotéis na Rússia. Ainda não foi emitido nenhum comunicado.
- Hyatt: tem seis hotéis na Rússia e emitiu comunicado sobre a situação na Ucrânia, mas não fala sobre as operações em território russo.
- Intercontinental Hotels: O hotel Intercontinental Moscow Tverskaya continua a receber hóspedes e oferece serviços 24 horas por dia, segundo o aviso publicado no site do hotel.
- Kimberly-Clark: Opera em 8 cidades e 3% das receitas vêm da Rússia. Ainda não foi emitido nenhum comunicado.
- Logitech. Ainda não foi emitido nenhum comunicado.
- Marriott: dez hotéis na Rússia. Numa curta nota nas redes sociais, a cadeia de hotéis informa: "Temos o prazer de informar que estamos a trabalhar normalmente".
- Mars: investiu mais de 2 mil milhões de dólares na Rússia. Ainda não foi emitido nenhum comunicado.
- Mohawk Industries: 4,3% das receitas vem da Rússia. Ainda não foi emitido nenhum comunicado.
- Mondelez: 3,5% das receitas vem da Rússia. Ainda não foi emitido nenhum comunicado.
- Nestle: 2,3% das receitas são da Rússia. Emitiram um comunicado a expressar a sua solidariedade com a Ucrânia, mas as atividades na Rússia mantêm-se.
- Otis Worldwide: empresa com parcerias na Rússia. Ainda não foi emitido nenhum comunicado.
- Papa John’s: 185 restaurantes na Rússia. Questionados pela Forbes sobre a permanência em território russo, não responderam.
- Pirelli: 10% dos pneus são fabricados na Rússia. A empresa doou 500 mil euros para os refugiados ucranianos. Ainda não foi emitido nenhum comunicado.
- Timken: empreendimento em conjunto com a United Wagon, uma das maiores fabricantes mundiais de vagões de carga. Ainda não foi emitido nenhum comunicado.
- Whirlpool: Ainda não foi emitido nenhum comunicado.