Preços do petróleo, gás e ouro disparam depois da ofensiva contra Israel

ECO - Parceiro CNN Portugal , António Larguesa
9 out 2023, 10:53
Extração de petróleo em Nefteyugansk, Rússia (Reuters)

Más notícias de novo nos preços de matérias-primas – e para as perspetivas de inflação. Às primeiras horas de segunda-feira, o petróleo e o gás natural dispararam nos mercados internacionais. O ouro também.

Os preços do petróleo dispararam esta segunda-feira mais de 4%, após o grupo islâmico Hamas ter lançado no sábado um ataque surpresa contra Israel, o que levantou preocupações sobre o abastecimento vindo do Médio Oriente.

O Brent saltou 4,7%, para 86,65 dólares (82,06 euros), e o West Texas Intermediate subiu 4,5%, para 88,39 dólares (83,7 euros), nas primeiras negociações nos mercados asiáticos.

O grupo islâmico Hamas lançou no sábado a operação “Tempestade al-Aqsa”, com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar. Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que batizou como “Espadas de Ferro”.

Os ataques e a resposta militar fizeram centenas de mortos e mais de mil feridos. O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está “em guerra” com o Hamas.

Preço do gás europeu dispara mais de 6%

Os preços do gás natural na Europa também estão a disparar na manhã desta segunda-feira, na sequência da descoberta de uma fuga num gasoduto na região do Báltico, o que está a suscitar receios quanto à segurança das infraestruturas com a aproximação do inverno.

Pelas 9h40 desta segunda-feira, o contrato de gás TTF para entrega em novembro, negociado em Amesterdão e que serve de referência para o mercado europeu, está a valorizar 6,59% para 40,75 euros por megawatt-hora (MWh), de acordo com a base de dados Barchart. Nos últimos cinco dias, esta matéria-prima acumula ganhos de 4%.

Cotação do ouro também sobe depois dos ataques contra Israel

A cotação do ouro subiu até 1,2% esta segunda-feira, superando os 1.850 dólares por onça, pressionado pelo aumento da procura por ativos de refúgio na sequência dos ataques perpetrados pelo Hamas em Israel durante o fim de semana, com os mercados financeiros a prepararem-se para um período de maior volatilidade.

Banco de Israel intervém no mercado para controlar perdas do shekel

Em reação à perturbação nos mercados provocada pelo ataque do Hamas iniciado no sábado, o Banco de Israel anunciou esta segunda-feira que vai vender 30 mil milhões de dólares em reservas de moeda estrangeira para estabilizar a moeda local, que esta manhã caiu para o valor mais baixo em oito anos.

Em comunicado, a instituição disse que “vai intervir no mercado para moderar a volatilidade da taxa de câmbio do shekel e fornecer a liquidez necessária para a continuação do bom funcionamento dos mercados”. E se for necessário, acrescentou na mesma nota, vai fornecer liquidez através de mecanismos SWAP até um valor de 15 mil milhões de dólares.

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