Estudantes da Greve Climática Estudantil pintam frases de protesto nas sedes de partidos para reivindicar o fim aos combustíveis fósseis

8 mar, 08:05

Na sede do Chega, nenhuma frase foi escrita, mas a fachada foi coberta de tinta

Vários estudantes da Greve Climática Estudantil pintaram, durante a madrugada de sexta-feira, frases de protesto nas sedes de partidos para reivindicar o fim aos combustíveis fósseis. Nas entrada das sedes podem ler-se frases como "Eletricidade 100% renovável e gratuita", "Fim ao fóssil 2030" e "Este partido não tem um plano". Na sede do Chega, nenhuma frase foi escrita, mas a fachada foi coberta de tinta.

Em comunicado enviado às redações, o movimento escreve que "os estudantes afirmam estar a responsabilizar os partidos pela sua falta de planos para o fim ao fóssil até 2030".

"Eleições em 2024 dão mandato até 2028. Este é o último mandato para resolver crise climática. Não ter agora um plano para fim ao fóssil até 2030 é condenar o nosso futuro. É condenar milhões à morte. Em Portugal, já começamos a sentir os efeitos desta crise. As secas, o preço dos alimentos, as mortes devido ao calor ou frio extremo, os incêndios e cheias... E vão ser cada vez mais frequentes e intensos enquanto nada fizerem", diz Matilde Ventura, porta voz desta ação.

Segundo Matilde, a sede do Chega "não mereceu nenhuma mensagem porque não passa do cão de guarda do sistema fóssil".

"O ódio e sistemas de opressão que o partido representa são sintomas do sistema fóssil que coloca o lucro acima da vida, e estão ao serviço dele.", diz a estudante de 20 anos.

Em novembro do ano passado, estudantes da Greve Climática Estudantil já tinham bloqueado as sedes destes partidos e deixado nestas o relatório de "Empregos para o Clima", com um plano para como Portugal poderia cortar 85% das emissões até 2025 e criar 200 mil novos empregos.

"Já levámos aos partidos o plano que explica como podem cumprir esta meta. Nenhum partido pode alegar não saber como fazer o fim ao fóssil nos prazos da ciência. Nem que a transição traria alguma dificuldade para as pessoas, pois a eletricidade renovável seria muito mais barata para todos, podendo ser gratuita através de um serviço público de energias renováveis".

Os estudantes prometem que "não vão dar paz" às instituições de poder que não estão a garantir o fim ao uso dos combustíveis fósseis até 2030. 

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