Guarda costeira grega defende que respondeu à embarcação que naufragou na Grécia

Agência Lusa , AM
16 jun 2023, 23:56
Barco de migrantes que naufragou na Grécia (Hellenic Coast Guard via AP)

Porta-voz da guarda costeira grega garante que ajuda foi rejeitada

A guarda costeira grega defendeu esta sexta-feira que respondeu à embarcação que naufragou na costa sul do país, e causou o afogamento de mais de 500 migrantes, elevando as críticas sobre o fracasso da Europa em evitar tais tragédias.

O porta-voz da guarda costeira grega, Nikos Alexiou, disse que tanto a guarda costeira quanto os navios particulares ofereceram-se repetidamente por rádio e alto-falante para ajudar a embarcação na quarta-feira, enquanto estava em águas internacionais, mas foram rejeitados.

Nikos Alexiou argumentou que qualquer esforço para rebocar a traineira superlotada ou mover centenas de pessoas relutantes para navios próximos teria sido muito perigoso.

O porta-voz também disse que, depois de aceitar alimentos de um navio mercante, os passageiros da traineira rejeitaram uma corda que de um segundo navio mercante "porque pensaram que todo o processo era uma forma de levá-los para a Grécia".

As autoridades gregas enviaram o primeiro navio, o petroleiro Lucky Sailor, para dar comida e água aos migrantes.

A empresa que administra o petroleiro disse na sexta-feira que as pessoas a bordo “estavam muito hesitantes em receber qualquer ajuda e, a qualquer tentativa de aproximação, o barco começava a manobrar para longe”.

A Eastern Mediterranean Maritime Limited disse, em comunicado, que as pessoas na traineira acabaram persuadidas a aceitar alimentos.

No terceiro dia de buscas, barcos de patrulha e um helicóptero passaram o a vasculhar a área do Mar Mediterrâneo onde o navio de pesca lotado virou na quarta-feira, no que a agência de migração da ONU disse que pode ser o segundo naufrágio de migrantes mais mortal alguma vez registado.

O mais mortal terá ocorrido quando um navio naufragou na costa da Líbia a caminho da Itália em abril de 2015, matando cerca de 1.100 pessoas.

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