Dois anos depois da liderança de João Costa no Ministério da Educação, Fernando Alexandre recebe o testemunho para ocupar o cargo no governo da Aliança Democrática
Luís Montenegro elegeu Fernando Alexandre, economista e ex-secretário de Estado Adjunto da Administração Interna, para ocupar o cargo de ministro da Educação, Ciência e Inovação no novo Governo que toma posse dia 2 de abril.
Mas não é a primeira vez que o político assume a pasta da Educação, tendo esta já estado nas suas mãos no Governo liderado por Pedro Passos Coelho, entre 2013 e 2015. Renunciou, contudo, ao cargo, devido a conflitos com a então ministra Anabela Rodrigues.
Nascido em 1972, Fernando Alexandre é doutorado em Economia pela Universidade de Londres, Birkbeck College, e trabalha como professor na Universidade do Minho, onde já ocupou várias funções administrativas. É ainda vice-presidente do Conselho Económico e Social.
Como economista, as suas áreas de pesquisa incluem macroeconomia, economia monetária e financeira, economia portuguesa, segurança social e estudos de impacto económico e social.
As suas competências valeram-lhe uma distinção com o Prémio de Mérito Científico da Universidade do Minho em 2022 e reconhecimento enquanto comentador na RTP e colunista nos jornais Eco e Observador.
Num desses espaços de análise, escreveu a propósito dos rankings das escolas, defendendo que “a queda das escolas públicas e a afirmação das escolas privadas nas posições cimeiras” reflete a “falência das políticas para a escola pública”.
“Para além das razões de base ideológica, há uma razão óbvia para o ministro da Educação não gostar dos rankings das escolas. Sem os rankings das escolas o ministro da Educação poderia dormir melhor, porque não seria confrontado com os seus quase oito anos de políticas inconsequentes e desastrosas para a escola pública”, escreveu na crónica publicada no Observador, em junho.
Fernando Alexandre vai suceder a João Costa, ministro da Educação desde 2022 e secretário de Estado nos dois anteriores executivos socialistas de António Costa, e a Elvira Fortunato, ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.