Benfica-V. Setúbal, 1-1 (destaques)

6 out 2002, 00:20

Uma defesa feita com tábuas e duas torres de betão Duas torres de betão e uma baliza protegiada com tábuas foram suficientes para parar um petit-grande Roger.

Marco Tábuas

A vida do «tubarão» está cheia de noites destas. É o clássico guarda-redes das grandes noites e das tardes infelizes. Quase sempre arranca exibições de guardar na memória frente aos maiores, muitas vezes entregou os pontos em partidas de exigência menor. Por causa da instabilidade, tem passado os últimos meses entediado no banco. A lesão de Pedro Espinha devolveu-o à fama e Luís Campos ficou a saber que há mesmo males que às vezes vêm por bem. Marco Tábuas parou tudo o que não era imparável. O livre de Petit foi um acordo com Deus. Era indefensável.

Os Hugos

Impressionam. Primeiro pelo tamanho, depois pelo entendimento. O Alcântara é mais vistoso que o Costa, mas eles têm piada é juntos e ao vivo. O Vitória de Setúbal foi suportado por duas torres e assim chegou ao empate. Se alguém precisar de um central é só passar pelo Bonfim.

Roger

Está condenado a ser o princípio e o fim de muitas discussões de café e não menos análises de jornal. Nascido lá onde o Rio produz alguns dos melhores médios ofensivos do Mundo, Roger tem vivido as primeiras jornadas exilado na direita. Quer dizer, aparentemente exilado. O brasileiro começa sempre por esse lado, mas muitas vezes pede licença à táctica e distribui talento por onde lhe apetece. Este sábado a equipa agradeceu. A exibição de Roger foi tão completa, tão útil, preencheu de tal forma a equipa que é capaz de não valer muito a pena discutir se ele devia jogar ali ou acolá¿

Petit

O golo. Antes e depois do momento de glória do internacional português muito trabalho invisível, grande acerto táctico, entrega e todas as qualidades que deixam um treinador embevecido. Petit é o melhor amigo de qualquer técnico e ainda por cima é capaz de fazer pactos com a inspiração como aquele que originou o único golo do Benfica. Ao nível de Roger.

Nuno Gomes

As apreciações do cimo da bancada são sempre subjectivas e por isso perigosas e potencialmente injustas. Esta pode ser uma delas, mas aqui fica: Nuno Gomes ainda não demonstrou esta temporada a alegria de outros tempos e isso nota-se. Não quer dizer que não corra, não significa que se empenhe menos, nada disso, apenas não parece confortável com a sua própria pele. Nuno Gomes não é de se queixar e sempre foi jogador de deixar tudo em campo, mas parece óbvio que suspira de alívio quando vê entrar Fehér. Desta vez o húngaro não foi a tempo de evitar uma prestação sofrível do ponta-de-lança da selecção portuguesa.

Benfica

Mais Benfica

Mais Lidas

Patrocinados