Gil Vicente-Marítimo, 2-0 (destaques)

28 jan 2001, 18:19

Vítor Vieira para todos os terrenos O avançado correu sempre muito e no campo tudo, mas o que fica na memória é a grande jogada que desenvolveu no flanco esquerdo que originou o golo de Jean Pierre (2-0).

Vítor Vieira

Extremamente irregular, o extremo-direito é capaz do melhor e do péssimo. Porém, quando faz bem, desequilibra e empurra toda a equipa para uma exibição agradável, que permite sonhar com a manutenção na I Liga. A condição física invejável que apresentou permitiu-lhe correr sempre e em todo o campo, deambulando constantemente entre a direita e a esquerda. Na corrida final, levou três adversários, foi à linha e cruzou para a área, onde Jean Pierre só teve que esperar que a bola passasse pelo guarda-redes Gilmar para a empurrar calmamente para o fundo da baliza. 

Casquilha

Num jogo de nulas virtudes técnicas, não é muito fácil vislumbrar jogadores em destaque. Torna-se obrigatório recorrer aos (escassos) momentos-chave para definir algo de melhor entre a mediocridade. Casquilha raramente joga mal, mas hoje roçou a invisibilidade, em consequência do péssimo estado do relvado, que só serve para dificultar a acção do que tenta criar algo de verdadeiramente emocionante. O organizador de jogo do Gil Vicente esteve no centro para o golo da vitória, embora tenha beneficiado do mau corte de Albertino, e esteve nas outras (ténues) oportunidades de perigo que serviram para paralisar o Marítimo. 

Miguel Simão

Fez a estreia na sua nova casa, depois de na jornada passada já ter actuado em Campo Maior. A missão era «colar-se» à esquerda do ataque e ultrapassar o experiente Albertino, oferecendo maior profundidade ao arrojo do treinador, que apostava numa frente ofensiva com quatro jogadores. Sem grande fulgor, apareceu poucas vezes e viu Vítor Vieira ocupar os seus terrenos em várias ocasiões. De qualquer forma, merecer uma menção de honra por ter estado no sítio certo quando, aos três minutos, aproveitou a fífia da defesa adversária e colocou a equipa numa posição invejável até ao fim. 

Paulo Sérgio

O mais esforçado dos insulares teve o papel ingrato de compensar as sucessivas falhas dos seus colegas de meio-campo (Dani Diaz e, principalmente, João Pinto). Recuperou muitas bolas e, na primeira parte, apareceu várias vezes em posição de remate. No momento de maior sufoco maritimista, subiu até à área adversária para tentar tirar partido da sua altura nos lances de bola pelo ar. 

Quim

As inúmeras ausências faziam prever a aposta em Quim, que tem sido um dos jogadores menos utilizados das opções que Nelo Vingada possui para o ataque. Para além disso, o previsível mau estado do relvado aconselhava a apostar num jogador alto que pudesse fazer a diferença nos lance aéreos dentro da área adversária, dado que pelo chão seria muito difícil criar perigo. Se a opção pareceu acertada, a exibição do próprio jogador não foi muito positiva, ficando-se por duas cabeçadas que obrigaram Paulo Jorge a aplicar-se. Mas, Quim também se pode queixar do desacerto geral dos alas, primeiro com Bakero e Luís Olim, depois com Pedro Moutinho.

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