U. Leiria-Moreirense, 2-1 (crónica)

28 set 2003, 19:50

Jogo mexido, emotivo e com brinde no final O Moreirense tentou viver dos rendimentos, mas não chegou. U. Leiria à antiga só na segunda parte.

U. Leiria-Moreirense (2-1) foi um jogo emotivo, feito de muitas falhas. A primeira, logo aos quatro minutos e que resultou no golo dos forasteiros, fez com que este não fosse mais um pachorrento e seco encontro da Superliga, que muito se vê por aí. De agradecer, por isso, a acutilância atacante inicial dos minhotos, mas também a resposta do União de Leiria, que não sendo brilhante na primeira parte, mostrou que é uma boa equipa, mas apenas no segundo tempo. Para o final ainda estava reservado o brinde.

As duas partes foram distintas muito por culpa do desacerto do União de Leiria. O golo madrugador do Moreirense desconcentrou a equipa da casa que, jogando no esquema habitual, apresentou muita falta de entendimento, desconcentração e mesmo alguma falta de motivação. O esforço físico da Taça UEFA dispendido durante a semana poderá ter tido aqui alguma repercussão, mas isso não serve de desculpa para tudo.

Ludemar mostrou falta de inspiração e com isso metade do esforço atacante do U. Leiria ficou dissolvido. Douala correu muito e Maciel fez a diferença. Mas aqui e ali faltou entendimento para que as jogadas chegassem à área do Moreirense com perigo. Foi por jogadas individuais que o Leiria criou perigo. A equipa minhota concedeu as despesas do jogo à formação da casa e tentou pelas alas, de forma rápida, surpreender. Conseguiu o objectivo de marcar cedo e tentar aproveitar depois o balanceamento atacante do Leiria, que teve de ir em busca do empate.

Moreirense a cair, U. Leiria a subir, e um final em grande

Mas o Moreirense nunca mais mostrou a mesma eficácia. Partia com perigo para o contra-ataque, mas quando chegava perto da baliza de Hélton falhava. No regresso dos balneários o filme parecia que iria ser a repetição do primeiro tempo. Uma jogada confusa na área do Leiria quase colocou a bola dentro baliza.

Mas não entrou. Talvez por isso, surgiu um novo U. Leiria. Mais ofensivo, com mais cabeça, sem Ludemar e com Filipe Teixeira, que teve o mérito de aparecer na mesma altura em que a equipa da casa encostou o Moreirense às cordas. A partir daqui só deu U. Leiria. Maciel, mais acompanhado por João Manuel e por Filipe Teixeira e ainda com Douala, marcou o primeiro e lançou a formação para a resposta.

O jogo manteve a mesma toada até ao final. Uma equipa a atacar, outra a defender. Com a diferença de que, enquanto os minutos passavam, o Moreirense perdia força no contra-ataque (as substituições pouco trouxeram) e o U. Leiria crescia. Até ao último minuto foi um chorrilho de lances perdidos. Até que Bilro se lembrou de rematar à baliza. Olhou para bola, estava em boa altura, olhou para a baliza e encheu o pé. Depois foi ver a bola embater com estrondo nas malhas da baliza de Nuno Claro e uma festa pouco vista no Municipal da Marinha Grande.

Mais Lidas

Patrocinados