Derlei é o Pai Natal de um Leiria muito forte O Leiria confirmou em Faro que tem uma equipa forte e faz muito trabalho de casa. Derlei faz o resto, como fez, frente a um Farense que ainda não venceu com Jorge Castelo.
José Mourinho tem uma verdadeira equipa. Diante do Farense, a U. Leiria funcionou como um bloco, com as ligações entre os vários sectores a serem tão perfeitas que aconteciam com naturalidade. Impondo o seu jogo, os leirienses dominaram o adversário, empolgando a dezena de adeptos que os acompanharam, que silenciaram os cerca de 1500 apaniguados algarvios, mais parecendo que estavam a jogar em casa. O golo nasceu de um livre de laboratório, que realça a força colectiva do seu trabalho.
Foi o elemento mais perigoso em campo, o autor do único golo do jogo e aquele que ao longo da partida mais sinais deu de o conseguir. Sempre muito activo num ataque já de si muito mexido, Derlei trocava de flanco com Maciel, e obrigou Raul Iglésias a trabalho que evitou outros dissabores ao Farense. Está confiante e nem precisava de comemorar o golo com um gorro de Pai Natal, para se perceber que o é, sem dúvida, este ano, para a sua equipa.
Muito nervoso, o Farense mostrou nos noventa minutos que não tinha capacidade para vencer. Esse estado, levou a que a bola queimasse sempre que era conduzida por um seu jogador, que rapidamente ficava sem ela, aumentando a confiança no adversário. Em quatro jogos à frente dos algarvios, Jorge Castelo ainda não venceu e, pela amostra, muito trabalho o espera.
Foi o melhor do Farense, evitando com intervenções seguras um maior desnível no marcador. Travou com Derlei um duelo particular, defendendo aos 28 e 53 minutos, dois remates que iam direccionados para o fundo da sua baliza. No golo, nada podia fazer, já que o avançado brasileiro apareceu-lhe isolado, ante a passividade da sua defesa. De certeza, que os assobios que os adeptos algarvios dirigiram no final do jogo á equipa do Farense, não lhe foram dirigidos.
