«Paredes tem de parar dez dias», diz médico da selecção do Paraguai

9 set 2001, 00:51

Médio do F.C. Porto não joga com a Juventus Não há mais dúvidas. Paredes não vai mesmo poder jogar com a Juventus, pois, segundo Porfírio Benitez Musa, o jogador terá de estar parado de oito a dez dias. Depois disso passa a jogar com uma máscara de plástico.

Carlos Paredes não vai poder jogar com a Juventus na próxima quarta-feira, assegurou ao Maisfutebol o médico da selecção paraguaia, Porfírio Benitez Musa.  

Confirmando tudo o que já tem sido referido, que o portista sofreu uma fractura no septo nasal, sendo operado logo após o jogo com a Bolívia, o clínico referiu ainda que o jogador «retirou esta manhã (sábado) umas placas que tinham sido colocadas na parte interior das narinas», mas ainda mantém uma «protecção no nariz». 

Cumprindo uma «excelente evolução» da lesão, Paredes está «muito bem», o que lhe permitiu receber alta para voar em direcção à cidade do Porto, o que aconteceu às 16h de Assunção (21h em Portugal). O médio deverá aterrar no Aeroporto Francisco Sá Carneiro na tarde de hoje, podendo ainda assistir ao encontro com o Varzim (21h). 

O primeiro diagnóstico realizado pelos médicos da selecção do Paraguai foi imediatamente enviado para os seus congéneres do F.C. Porto «logo na noite em que o jogador contraiu a lesão, via faxe» e viaja mais documentação juntamente com o atleta. Nesses papéis vinha bem explicito que Paredes deveria ficar afastado da competição nas próximas «duas a três semanas», estando «autorizado a cumprir exercícios localizados». 

No entanto, num período anterior a esse, poderá começar a jogar com uma «máscara de plástico para proteger o nariz», à semelhança do que aconteceu no passado com Sinisa Mihajlovic, jugoslavo da Lázio. Benitez Musa é taxativo quanto a esta hipótese: «Ele não pode correr riscos nos próximos oito/dez dias. Depois, sim, poderá começar a jogar, caso recupere bem, e com máscara. Mas, conhecendo Carlos Paredes, de certeza que vai querer jogar com a Juventus, porque é louco e tem uma vontade enorme de jogar. Só que não pode ser assim, porque a hemorragia foi muito grande». 

A vontade do médio do F.C. Porto é bem conhecida no Paraguai e, se dúvidas existissem, ficou bem patente no último jogo da selecção, como conta o clínico: «Ele partiu o nariz logo nos primeiros minutos e perdeu muito sangue, mesmo assim teimou em continuar em campo e acabou por marcar o golo do empate. Mesmo ao intervalo teimou em continuar a jogar, só que teve mesmo de ser substituído durante a segunda parte. Tem uma força enorme, muita raça e neste momento é o melhor jogador do Paraguai».

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