Farense-P. Ferrreira, 1-1 (crónica)

10 fev 2002, 20:42

Domínio sem proveito dos algarvios Com a aposta numa equipa de ataque, o Farense tentou surpreender um P. Ferreira mais defensivo. No entanto, o dominio dos da casa foi insuficiente para tornear o empate (1-1).

Com a aposta numa equipa de ataque, Jorge Castelo, treinador do Farense, tentou surpreender o Paços de Ferreira, que deu a iniciativa ao adversário, com uma postura mais defensiva, jogando com a velocidade de Zé Manuel e Mauro no contra-ataque. Dominaram os da casa, mas o insuficiente para tornear um empate (1-1), que até foi justo.  

Só Rodri tinha ordem para defender, no quarteto do meio-campo algarvio, com Carlos Costa a organizar e a apoiar os dois jogadores do ataque: Everson e Ferreira. Paulo Ferreira (direita) e Djurdjevic (esquerda) jogaram encostados à linha lateral. Carlos Ferreira e Cavaco também foram novidades ofensivas na laterais da defesa. 

Um trinco (Gouveia), atrás de uma linha de quatro homens (Zé Manuel e Mauro, nos extremos e Pedrinha e Beto no centro), tapavam os caminhos da baliza do Paços de Ferreira, que tinha em Leonardo o elemento mais adiantado.  

Desde o apito inicial de José Pratas (excelente jogo) que o Farense colocou em prática as suas intenções. Aos 6 minutos, Paulo Ferreira rematou à meia volta e Pedro defendeu com dificuldade, no primeiro momento de perigo do jogo. O mesmo jogador, voltou a destacar-se aos 17 minutos, com um remate em arco, levando a bola a embater na barra da baliza adversária. 

Balanceado no ataque, o Farense viria a ser surpreendido pela arma adversária, e, num contra-ataque, Mário Sérgio cruzou a preceito para a cabeça de Leonardo, que não teve dificuldade em marcar. Um balde de água fria no São Luís, que gelou as intenções dos da casa, que inibiram-se nos minutos seguintes, podendo mesmo ter sofrido novo golo passados dois minutos, num remate de Mário Sérgio, que passou rente ao poste direito da baliza de Mijanovic. 

O desnorte do Farense acabaria poucos minutos depois, através de uma vistosa arrancada de Paulo Ferreira pelo seu flanco, com cruzamento para a cabeça de Djurdjevic, que marcou no meio dos centrais nortenhos. Um golo que animou a equipa de Jorge Castelo, que até ao intervalo voltou a aproximar-se da baliza adversária. 

Vantagem numérica invisivel 

O início da segunda parte trouxe o melhor período do Paços de Ferreira, com Zé Manuel, aos 50 minutos a desperdiçar de cabeça uma boa ocasião, e uma saída de Mijanovic, aos pés de Mauro, cinco minutos depois, a evitar o golo. O Farense estava então estático a ver o adversário jogar. 

Jorge Castelo fez entrar Komol, que se estreou, e no minuto seguinte, aos 61, o avançado camaronês ia a isolar-se, e é travado em falta por Adalberto, que vê a respectiva cartolina vermelha. João Mota, reforça ainda mais a sua postura defensiva, retirando Leonardo, abrindo Zé Manuel e Mauro no ataque, com o resto da equipa a defender. 

Mas, a superioridade numérica do Farense foi invisível, porque nunca houve soluções atacantes para a efectivar, já que foi sempre sólido o muro que o Paços de Ferreira construiu à frente à baliza de Pedro.

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