Rep. Irlanda: como sobreviver em Teerão sem Roy Keane

14 nov 2001, 21:21

Ausência de vulto na segunda mão do «play-off» Mick McCarthy não pode contar com Roy Keane na segunda mão do «play-off» entre a sua equipa e o Irão. Os irlandeses partem em vantagem para o «inferno».

República da Irlanda e Irão decidem esta quinta-feira o apuramento para a fase final do Campeonato do Mundo na segunda mão de um play-off que, por enquanto, se inclina bastante para o conjunto orientado por Mick McCarthy. Os 2-0 da primeira mão, realizada na Irlanda, serão vantagem suficiente para a visita ao Médio Oriente? Na opinião dos europeus, a expectativa é grande, depois de terem ficado em segundo lugar no grupo 2, vencido por Portugal. 

As contas da Irlanda andam muito à volta da ausência do capitão Roy Keane, que agravou uma lesão no joelho no encontro da primeira mão. Com ele em campo, a equipa tem sido muito mais forte, sendo que apenas por quatro vezes conheceu o sabor da derrota. É aqui que se mede a sua influência. Apesar do favoritismo continuar a cair para o seu lado. 

Em Teerão, o ambiente será infernal. Mark Kinsella, jogador do Charlton, terá a missão de substituir Roy Keane perante milhares de iranianos, que não costumam facilitar no apoio às suas equipas. E a confiança é grande. Só que, em 29 jogos em que não participou o médio do Manchester United, a equipa perdeu 11 e empatou oito. Compreendem-se os receios dos irlandeses, que não se limitam à ausência de Keane. 

Steve Staunton e Niall Quinn estão igualmente em dúvida para a partida. O primeiro não participou no treino de terça-feira, mas deverá estar apto. O defesa Gary Breen também se lesionou na sessão de trabalho de terça e é igualmente incerta a sua presença no «onze». Se se comprovar a ausência de Staunton ou de Breen, McCarthy terá de alterar substancialmente a sua defesa, perante uma equipa que mostrou muita qualidade ofensiva no jogo da primeira mão, apesar de ter perdido por 2-0. Shay Given negou mesmo dois golos a Ali Karimi com excelentes intervenções. 

Blazevic entre o suicídio e a qualificação 

Do lado iraniano, o treinador Blazevic, que ameaçou suicidar-se caso a equipa não garantisse o apuramento, acredita que a eliminatória está longe do fim. «A forma como jogámos na segunda parte do primeiro encontro dá-me esperança. Vai ser um jogo muito diferente. Vamos dar tudo por tudo. Podemos qualificar-nos», afirmou. 

Os asiáticos confiam nas «estrelas» Ali Dei, Mahdavikia e Minavand neste momento crucial da sua história. E prometem fazer a vida dos irlandeses um autêntico inferno em Teerão.

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