CAN-2002: festejos acrobáticos e nova moda nas camisolas animam início

23 jan 2002, 16:16

Principal prova africana de selecções vai para a segunda ronda O começo da Taça de África das Nações foi morno no campo. Mas por fora tem sido animado. Houve vários casos de indisciplina, uma estreia no modo de vestir e ainda um festejo de golo que entra para a galeria dos mais acrobáticos.

A Taça de África das Nações (CAN) arrancou em ritmo morno, com apenas cinco golos em oito partidas e um notável equilíbrio - cinco empates, apenas um jogo com mais de um golo marcado. Mas a competição mais importante de selecções do continente africano mantém a tradição de ser notícia para lá dos jogos. 

Os golos foram poucos, mas talvez por isso foram comemorados efusivamente. E o avançado nigeriano Julius Aghahowa inaugurou um festejo que não será fácil de imitar. O jogador celebrou o tento da vitória sobre a Argélia com nada menos que cinco «flik-flaks». Segundo algumas versões, que outras garantem que a acrobacia constou de seis saltos para trás, rematados com um mortal.  

Uma das notas dominantes da competição, até agora, é o calor. E houve quem se prevenisse para as condições meteorológicas. Os Camarões, que defendem o título, estrearam na primeira ronda um equipamento de camisolas sem mangas. De alças, como no basquetebol.  

«Parecem camisolas de basquetebol mas são perfeitas para este tempo», disse o avançado Patrick Suffo, para acrescentar que não sabe se a indumentária é para manter: «Não sei como será no Mundial e não sei o que a FIFA pensa delas. Mas é uma camisola especial para uma equipa especial.» 

Muitos casos de indisciplina 

A edição de 2002 da CAN tem ficado marcada por vários casos de indisciplina, que têm levado ao afastamento de jogadores. A mais recente baixa é a de Shabani Nonda, jogador da República Democrática do Congo. O jogador deixou a concentração da equipa, alegadamente por desentendimentos com os responsáveis da equipa. 

A baixa mais sonante foi do ganês Samuel Kuffour. O defesa do Bayern Munique foi-se embora por motivos disciplinares, segundo explicou o técnico. Na selecção de Marrocos, Humberto Coelho afastou o defesa Abdeslam Ouaddou, por se ter envolvido em confrontos com outros jogadores. E também no Egipto houve uma baixa por motivos disciplinares, a do defesa Ibrahim Said. 

Na competição, não é fácil tirar já grandes conclusões sobre o equilíbrio de forças. As cinco selecções mundialistas em prova, Camarões, Nigéria, Senegal, África do Sul e Tunísia, não perderam. As três primeiras venceram, a equipa comandada por Carlos Queirós e a Tunísia empataram na estreia.  

Para já, a luta é pelos pontos. E na segunda ronda, que começa a disputar-se nesta quinta-feira, já deverá ser preciso arriscar mais, para marcar pontos para a passagem aos quartos-de-final. 

Classificação e calendário da CAN-2002

Patrocinados