Júnior do F.C. Porto suspenso por controlo anti-doping positivo

15 out 2001, 22:05

Moreira acusou Furosenida

O F.C. Porto informou que Moreira, atleta júnior que tem vindo a treinar com a equipa B, está suspenso («não castigado») por ter acusado positivo no controlo anti-doping efectuado após o jogo Belenenses-F.C. Porto, realizado 19 de Junho, a contar para a fase final do campeonato de júniores. 

O jovem jogador acusou vestígios de Furosenida (Furosemide em inglês), uma substância que consta da lista de proibidas aos atletas. Segundo Nélson Puga, médico portista, esta tomada de posição surge neste momento para «evitar especulações», mas é certo de que o atleta será sujeito a um inquérito interno. 

Puga recordou que «a única vez que esta substância foi encontrada em Portugal aconteceu com o guarda-redes Quim e foi imediatamente despenalizado, porque ficou provado que não se tratava de uma substância dopante». Puga e os responsáveis portistas ¿ estiveram na sala de imprensa Reinaldo Teles, o chefe do departamento médico José Carlos Esteve, o treinador júnior João Pinto e o director das camadas jovens Joaquim Pinheiro -, acreditam na inocência do jogador e asseguram que «ninguém lhe ministrou essa substância, tratam-se apenas de vestígios», por isso talvez tenha surgido por contaminação 

O médico portista acredita que é «absurdo alguém ministrar-lhe essa substância, pois provoca a desidratação do atleta, ainda para mais num dia de calor, quando o que se pretende é precisamente o contrário». Puga diz que Moreira demorou 1h45 na sala de controlo anti-doping, o que, na sua opinião, serve de prova para o facto do jogador não ter ingerido essa substância. 

Considerando que há «várias incoerências no processo», lembra que esta substância está proibida por causa de modalidades como o «halterofilismo, remo, boxe e etc», onde há categorias por peso e, por isso serve para eventuais intenções de atletas em perderem peso rapidamente para concorrerem numa categoria inferior.  

Como últimos argumentos referiu-se que esta substância é «normalmente utilizada por hiper-tensos» e «não tem nada a ver com estimulantes ou anabolisantes». Reinaldo Teles conclui, dizendo que «o F.C. Porto pede o controlo anti-doping quase em todos os jogos».

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