Benfica adia espinha dorsal portuguesa

7 jun 2000, 20:20

Carlos Marchena apresentado Durante a apresentação do central espanhol Carlos Marchena, Vale e Azevedo considerou «um absurdo» ir buscar jogadores à equipa nacional. A espinha dorsal da selecção no Benfica fica para mais tarde.

Carlos Marchena foi apresentado à comunicação social como uma das mais caras transferências de sempre do Benfica. O jovem internacional espanol, campeão do mundo sub-20, assinou um contrato de quatro anos com mais um de opção. «É um jogador que dispensa apresentações, é já uma certeza no futebol espanhol e estava a ser namorado por vários clubes de Espanha. O Benfica ganhou a corrida e estamos muito satisfeitos com isso», anunciou o presidente Vale e Azevedo, na presença de todos os elementos da direcção do clube e da SAD. 

O jogador custou 1,2 milhões de contos ao Benfica quando, ainda há pouco anos, Carlos Gamarra, internacional paraguaio, foi vendido por cerca de 900 mil contos. «O futebol é o momento. Neste momento o Benfica está a investir mais do que nas épocas anteriores. Mas não vamos investir à louca. O Benfica está apostado em construir uma equipa. Trata-se de um projecto para o futuro mas esperamos que produza resultados imediatos». 

Depois do jugoslavo Ivan Dudic, o espanhol Carlos Marchena é a segunda contratação do Benfica para a próxima época. No entanto, Vale e azevedo não esqueceu a promessa de formar a espinha dorsal da equipa com jogadores de selecção. «O príncipio da politica de contratações é procurar jogadores com um determinado perfil e com uma determinada idade que possam prosseguir no clube. Seria um absurdo irmos buscar jogadores à selecção. A média de idades, que ronda os 29, 30 ou 32 anos, é muito elevada para uma equipa que se está a constituir.  

Não esqueci a minha promessa que será cumprida, mais tarde, com jogadores formados no clube, que cheguem à equipa principal e depois sejam chamados à selecção. Recordo que o ano passado tinhamos sete juniores na equipa principal», referiu Vale e Azevedo. 

Carlos Marchena era um dos sonhos de Jupp Heynckes mas nem todos os seus desejos serão ser atendidos. «A politica de dispensas e aquisições é da total responsabilidade da administração da SAD. Claro que ouvimos sempre a opinião da equipa técnica mas ainda hoje rejeitámos um jogador proposto pela equipa técnica», revelou o presidente do Benfica, que não quis falar em outros jogadores. «Se tivessemos falado em Marchena mais cedo, o jogador teria, certamente, custado mais umas largas centenas de contos.

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