Washington voltava a Alvalade «numa boa»

1 jun 2001, 17:08

Goleador brasileiro já quase foi do Sporting Depois do fracasso negocial de há dois anos, a nova estrela da selecção brasileira mostra receptividade a uma proposta do Sporting.

Washington, o avançado brasileiro por quem reacende o interesse do Sporting, ao ponto de intensificar a troca de vídeos e informações entre Alvalade e o representante do jogador em Portugal, não se nega a novas conversações com o clube português, mesmo depois do fracasso negocial de há dois anos, que inviabilizou a transferência. 

O golo que marcou diante dos Camarões, justamente o primeiro do Brasil na Taça das Confederações, mantinha Washington ainda orgulhoso no momento em que atendeu a chamada que o funcionário do hotel japonês passara para o seu quarto. Agradeceu, múltiplas vezes, o elogio e, encantado, admitiu ao Maisfutebol a possibilidade de regressar a Alvalade, ainda que, ao momento, as notícias que lhe chegam sobre novo interesse do Sporting sejam «muito vagas».  

Fica «feliz», ainda assim. «É uma boa», junta, entusiasmado perante a perspectiva de voltar a Alvalade. Se novo convite lhe for endereçado, Washington já tem resposta preparada: «Vou, sim. Numa boa, sem problema». A menos que Fiorentina e São Paulo o dividam. Italianos e brasileiros estarão igualmente interessados no avançado do Ponte Preta, ainda que o jogador não tenha conhecimento de qualquer proposta. 

Washington não revela qualquer preferência para além daquilo que supõe ser «melhor» para ele e para o Ponte Preta, embora não negue o fascínio que a Europa exerce sobre si. As notícias de uma valorização constante limitam-se a mostrá-lo «feliz» e a deixá-lo esquecer o primeiro semestre de 2000, quando admitiu deixar o futebol depois de fracturar a perna direita por duas vezes. 

Outra vez a revolver memórias de uma presença em Lisboa, o melhor marcador do campeonato paulista e da Copa do Brasil nega a reprovação nos exames médicos e a dependência de insulina, argumento que terá servido de explicação para o fracasso da sua passagem por Alvalade, no ano de 1999, quando era ainda jogador do Paraná Clube. «O que houve», conta Washington, «foi um desencontro de verbas». Max Peralta, o seu empresário, ter-se-á mostrado inflexível, razão do súbito cancelamento da tansferência. 

Dois anos mais tarde, Washington dá corpo às manchetes dos principais jornais japoneses e conquista adeptos, rendidos ao seu talento, no país que organiza a Taça das Confederações de parceria com a Coreia do Sul. A doce glória do brasileiro transforma-se no amargo arrependimento do Sporting, que deixa de correr sozinho por um jogador com «explosão» repentina e recente, a mesma que parecia prever já há dois anos. Agora, São Paulo e Fiorentina também estão interessados. E o valor do passe parece inflacionar a cada pontapé que Washington desfere na bola.

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