Ligas europeias gastam muito dinheiro Os principais clubes querem inverter a tendência inflacionista na Europa.
O G-14, grupo que reúne os principais clubes europeus, reuniu-se esta terça-feira em Barcelona, para discutir a redução de custos nas principais ligas europeias. Pedro Tomás, presidente da Liga Espanhola de Futebol Profissional, advertiu para a tendência inflacionista, dando como exemplo o acréscimo de 300 por cento que os salários dos jogadores sofreram nos últimos cinco anos, em Inglaterra e na Itália.Umas das medidas para reduzir os custos passaria pela implantação de tecto salarial para os jogadores, mas tal parece, para já, impossível: «A concepção de competição aberta que tem o futebol europeu torna difícil a adopção do tecto salarial. Para isso seria necessário um acordo com todos os sindicatos de futebolistas, entre outros organismos», afirmou Tomás. O dirigente propôs ainda a adopção da medida espanhola no limite de 25 jogadores inscritos, como primeiro passo para reduzir custos.
A redução do número de equipas não é, de momento, prioritário, sendo motivo de satisfação o facto de as ligas terem encontrado um calendário único para a época de transferências: fecha a 31 de Agosto e reabre de 1 a 31 de Janeiro.
Outro assunto focado na reunião foi a tentativa de harmonização dos calendários. «Foram conseguidas coisas muito importantes, como a redução de dias na incorporação de jogadores nas selecções, mas vamos continuar a lutar e avançar para que o respeito para com os clubes seja compatível com o das selecções», declarou Thomas Kurth, presidente do G-14. Kurth adiantou ainda que as negociações entre a FIFA, os clubes e as federações levaram ao abrandamento nos conflitos entre as três partes.
