Itália: agora será de vez? Perugia diz que vai utilizar jogadora alemã na série A

10 dez 2003, 00:15

Presidente Luciano Gaucci está em negociações com Birgit Prinz

Será desta? O excêntrico presidente do Perugia, Luciano Gaucci, não desistiu de cumprir uma das suas promessas, que é contratar uma mulher para jogar na série A masculina, o principal campeonato italiano e um dos melhores do mundo. Depois de falhadas as contratações das suecas Victoria Svensson e Hanna Ljungderg, agora vira-se para Birgit Prinz, uma das jogadoras alemãs que venceram o último Mundial de futebol feminino nos Estados Unidos.

«Encontrámo-nos na semana passada em Roma e ela ficou de pensar alguns dias no assunto. Na próxima semana definiremos o acordo detalhadamente. Agora penso que é de vez, porque ela pareceu-me entusiasmada», disse esta terça-feira o líder do Perugia, Luciano Gaucci, o homem que contratou o primeiro jogador japonês a actuar em Itália (Hidetoshi Nakata), o primeiro sul-coreano (Hahn Jung-Hwan), que foi entretanto dispensado, assim como Saadi Khadafi, filho do líder líbio Muammar Khadafi, que também já viu a porta da rua, mas por problemas relacionados com o doping.

«Espero que ela esteja a treinar com a equipa antes do Natal e, então, deverá estar pronta a jogar em Janeiro. É muito bonita e tem uma bela figura. Como jogadora é muito boa», acrescentou o espectacular Gaucci, que não consegue evitar a desoladora 16ª posição no campeonato. Prinz, além do título mundial, é uma das três nomeadas para o prémio de Melhor Jogadora FIFA deste ano, depois de ter ficado em segundo lugar na edição do ano passado, onde a norte-americana Mia Hamm foi a laureada.

O líder do clube italiano nem quer ouvir falar sobre uma pretensa impossibilidade de utilização de uma mulher na série A, mesmo depois de uma jogadora ter sido recentemente impedida de actuar numa das ligas amadoras de Itália: «Como é uma cidadã da União Europeia, insisto que não há qualquer regulamento que a impeça de jogar com homens».

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