Governo intimado a impedir hooligans de viajar Após uma reunião de emergência em Liège, a UEFA ameaçou excluir a Inglaterra do Euro-2000, por causa dos problemas com adeptos, que resultaram já em mais de 900 detenções.
A UEFA admitiu expulsar a Inglaterra do Euro-2000, se persistirem os problemas com adeptos ingleses. «Isso não pode ser excluido», afirmou Lennart Johansson, o presidente do organismo que tutela o futebl europeu, após uma reunião de emergência em Liège.
«Estes problemas não foram uma surpresa para o Governo inglês nem para a UEFA. Nada mudou e não podemos aceitar isto por mais tempo. Isto está a matar o futebol», afirmou Johansson.
Gerhard Aigner, o director-executivo da UEFA, anunciou que o Governo inglês foi intimado a impedir os hooligans de viajar para a Holanda e a Bélgica, os países que acolhem o torneio. E acrescentou que se os problemas persistirem «a UEFA terá de determinar se a presença da selecção nacional inglesa no torneio proderá ser mantida».
Entre a noite de sexta-feira e a madrugada de domingo ocorreram vários incidentes em Bruxelas e em Charleroi, onde se disputou o Inglaterra-Alemanha, de que resultaram mais de 900 detenções, na maioria de adeptos ingleses.
Governo promete apertar vigilância
Antes da conclusão da reunião da UEFA, Jack Straw, ministro britânico do interior, disse-se «envergonhado» e garantiu que vai pressionar os tribunais para porem em prática algumas medidas já previstas na lei: «Tentaremos activamente que se torne obrigatória nos tribunais a imposição de uma apreensão de passaporte a qualquer um sujeito a sanções internacionais ou domésticas.»
O ex-ministro Tony Banks, responsável pela candidatura inglesa à organização do Mundial-2006, mostrou-se muito preocupado com a imagem que os problemas com adeptos estavam a dar ao país e à própria candidatura. Como solução para o problema, Banks defendeu que a polícia tenha mais poderes e possa tomar medidas severas.
