Gil Vicente-Oliveirense, 1-0 (reportagem) O treinador do Gil Vicente reconhece que o espectáculo foi mau, mas recorda que o estado do terreno não permitia grandes artes. Para Flávio das Neves, o treinador da Oliveirense, a sua equipa merecia «pelo menos o prolongamento»
Luís Campos reconheceu, no final, que o Gil Vicente não esteve bem, mas justificou essa facto com o estado do terreno:«Não há milagres. Num campo assim era difícil fazer melhor. Para fazer golos, é preciso que haja passes em condições. Isso não foi possível neste estado de terreno. Peço desculpa a quem pagou bilhete, porque merecia, de facto, um melhor espectáculo. A questão é que isso só é possível noutras condições. Assim, com o relvado neste estado, trata-se de uma lotaria».
Para o treinador dos gilistas, a sua equipa deveria ter abordado o jogo de forma diferente, sobretudo após o golo: «Reconheço que depois do nosso golo, a minha equipa quis jogar com alguma displicência. Não se entregou totalmente ao jogo, e quem não faz o 2-0 arrisca-se a sofrer um dissabor. Foi o risco que corremos, mas felizmente vencemos o jogo de forma merecida, porque acabámos por ter as melhores oportunidades».
Por isso, Luís Campos sublinhou: «A Oliveirense foi uma digna vencida, entregou-se totalmente ao jogo e merece os parabéns por isso».
«Merecíamos o prolongamento» (Flávio das Neves)
Flávio das Neves não escondia, no final, alguma frustração pela eliminaçãoda sua equipa: «Por aquilo que fizemos, merecíamos, pelo menos, o prolongamento. Na segunda parte, sobretudo, fomos superiores ao adversário. Só foi pena que os golos não tenham aparecido».
O treinador da Oliveirense, apesar da derrota, retirou ilações positivas desta partida: «Dignificámos o futebol da II Divisão B. E podíamos até ter chegado mais longe, porque julgo que o golo do Gil é irregular, dado que nessa jogada há uma falta sobre o Canana. Apesar de termos perdido, fizemos um bom jogo e conquistámos alento para o próximo encontro do campeonato, que nos poderá dar a liderança da Zona Centro».
