Zidane descreve penalty

29 jun 2000, 01:35

Franceses consideram que venceram justamente O número 10 da selecção francesa conta que se concentrou ao máximo, para abstrair do ambiente de enorme tensão que se vivia antes do penalty que deu a vitória à França na meia-final com Portugal. E defende, como os seus companheiros, que a França mereceu ganhar.

Zidane conta como conseguiu resistir ao ambiente no relvado, quando marcou o penalty, à força de muita concentração: «Na ausência do Djorkaeff, fui eu o escolhido para marcar. Procurei abstrair-me das circunstâncias, concentrar-me ao máximo. Pousei a bola e decidi bater o mais forte possível.» O resto da história é conhecido. Remate para ao ângulo, golo da vitória francesa. 

O número 10 gaulês considera que houve de facto penalty no lance e diz que «as imagens da televisão confirmam-no».  

Zidane admite que o jogo foi difícil para a sua equipa: «O início foi muito difícil. Estávamos nervosos e não fomos muito fortes nos duelos. Portugal podia ter ganho, perto do fim dos 90 minutos. Mas fomos nós que ganhámos e foi extraordinário. Para domingo vamos tentar recuperar, porque estamos muito cansados.»  

Barthez e o remate de Abel Xavier 

Barthez descreve esse lance, um remate de Abel Xavier que o guarda-redes francês defendeu para canto: «Quase não vi a bola partir, só tive o reflexo de estender a mão. Se ela passasse 20 centímetros mais ao lado não tinha defendio. Tinha sido o fim.» 

«Mais uma vez fomos fortes. O que mais me impressionou foi a calma. Acho que dominámos o jogo e a vitíoria é merecida», prossegue Barthez, que comparou o jogo com Portugal à partida dos quartos-de-final do Mundial-98 com a Itália: «muito táctico, muito rigoroso, poucas ocasiões». 

«Compreendo a decepção dos portugueses, mas não a sua cólera. Houve falta com o mão no penalty. O fiscal-de-linha foi muito forte, mostrou muita solidez mental», comentou por seu lado Leboeuf, enquanto Blanc se mostrou algo desiludido com a exibição portuguesa: «Foi um prazer participar num jogo destes, tão intenso, tão equilibrado. Merecemos inteiramente a vitória. Os portugueses limitaram-se a tentar controlar o nosso jogo, não mostrando o futebol espectaular exibido neste torneio. É o preço da nossa reputação. Para mim, pouco mais fizeram do que defender.»

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