Carlos Manuel (Salgueiros): «Cometemos dois erros e sofremos dois golos»

12 jan 2002, 18:08

Farense-Salgueiros, 2-1 (reportagem) Carlos Manuel, apesar da derrota (1-2) frente ao Farense, manifestou-se satisfeito pelo trabalho da sua equipa. Jorge Castelo diz que o Farense está mais próximo dos seus melhores dias.

Carlos Manuel lamentou a derrota (1-2) do Salgueiros esta tarde frente ao Farense, no estádio São Luís, mas ficou contente pelo trabalho produzido pelos seus jogadores. 

«Pelo jogo que vi, num relvado muito mau, fomos a equipa que praticou melhor futebol. Os jogadores tiveram uma grande atitude e em dois erros sofremos dois golos que ditaram a derrota», começou por dizer o treinador do Salgueiros sem querer atribuir culpas aos mencionados erros. «Foram erros colectivos ou do Carlos Manuel». 

O técnico atribuiu a derrota aos imprevistos do futebol e, mais uma vez, destacou a satisfação pela atitude dos seus jogadores. «Pelo jogo que fizemos e pela personalidade que demonstrámos em campo estou contente. Não há que arranjar justificações, são coisas que acontecem». 

Factos que permitem ao treinador da equipa de Vidal Pinheiro acreditar numa boa segunda volta: «As equipas que em termos mentais forem mais fortes têm grandes possibilidades de fazer o seu campeonato. Se nós estamos bem, temos uma equipa jovem que ao longo das semanas tem trabalhado bem e que de jogo para jogo tem vindo a subir de rendimento, estou confiante por saber que temos grandes profisionais», concluiu Carlos Manuel. 

Jorge Castelo: «Estivemos mais perto do Farense que conheci» 

Jorge Castelo, treinador do Farense, não escondeu a satisfação pela precisosa vitória e também dirigiu o seu discurso para os jogadores. «Foi uma vitória merecida, pela luta que desenvolvemos durante todo o jogo. Territorialmente tentámos sempre atacar a baliza do adversário arriscando, por isso, mais. O golo sofrido cedo obrigou-nos a isso, a atacar mais». 

Depois de uma série de maus resultados, Jorge Castelo tem finalmente razões para sorrir. «Depois de vários jogos de turbulência, hoje tivemos mais perto do Farense que eu conheci e onde dificilmente ganhava. Os jogadores estão de parabéns, porque acreditaram sempre que podiam virar o resultado. O futuro só pode ser alegre se continuarmos a amealhar pontos». 

O técnico do Farense destacou ainda a dificuldade redobrada pelo facto do Salgueiros ter marcado primeiro. «Este jogo, à partida, era indiferente para o Salgueiros, ao contrário do Farense a quem não interessava o empate e muito menos a derrota. Estávamos convictos que teriamos de arriscar mais sabendo que teriamos pela frente uma equipa de contra-ataque. No primeiro remate que fizeram marcaram um golo e isto em termos animicos não ajuda muito». 

No final, Jorge Castelo fez um rol do que precisa para a segunda volta. «Quero um central até terça-feira porque o Herrera ainda não está bem e quero ter mais opções para a equipa poder jogar com três centrais ou soltar Carlos Costa para o meio-campo. Preciso de um ponta-de-lança, porque as opções são curtas (Ferreira e Hassan), e de um médio criativo, porque quando falta o Rodri, falta um toque de classe na posse de bola». A estes jogadores há ainda a juntar um guarda-redes, depois do espanhol Julio Iglésias ter rescindido o seu contrato com os algarvios para jogar no Ceuta. 

Jorge Castelo, a finalizar, quis deixar ainda uma «palavra de apreço» para o Salgueiros: «Praticou um futebol bonito de contra-ataque com jogadores rápidos que desequilibram nessas situações».

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