E. Amadora-Beira Mar, 2-2 (crónica)

29 fev 2004, 18:54

Equipa da Reboleira parou antes do tempo

O Estrela acalentou durante 87 minutos na Reboleira uma vitória que escapava desde a 17ª jornada, quando derrotou a Académica. Mas ainda não foi desta, já que nesse minuto o Beira Mar empatou obrigando à divisão de pontos. Um empate que já se previa, uma vez que a equipa recuou cedo de mais na defesa da magra vantagem por um golo e começou a queimar tempo quando ainda era preciso jogar.

A partida começou animada, com maior domínio dos da casa, mas sem grandes oportunidades para marcar. A defesa acabou por comprometer um pouco logo aos 8 minutos e Wijnhard podia ter marcado após um mau atraso de Rui Neves, mas o Estrela reagiu por Júlio César, que teve duas oportunidades. O golo acabou por surgir aos 13 minutos, número de sorte para Miran. Poderia estar em fora-de-jogo, mas isso não justifica que toda a defesa fique parada à espera. O brasileiro ficou com a bola no centro do terreno, derivou para a esquerda e rematou à saída de Marriot. Foi uma das primeiras vezes que a bola saiu do lado direito, onde Semedo jogava muito encostado à linha. O Beira Mar só respondia de bola parada e António Sousa resolveu mexer, tirando Mala, inoperante, e colocando Kingsley na frente.

Dois minutos depois a equipa de Aveiro marcou mesmo, por Petrolina, regressado depois da ausência de uma semana e de uma viagem revigorante até ao Brasil. Optou pelo remate de longe, já que a bola corrida não estava a funcionar. Nos minutos seguintes e Estrela reagiu bem, e Miran e Júlio César poderiam ter levado o Estrela para o intervalo em vantagem. Assim não aconteceu, mas Miran acabou mesmo por marcar aos 53 minutos. Aproveitou um bom passe de Rui Neves, Júlio César acabou por amortecer-lhe a bola e surgiu o remate a fazer o 2-1. Pouco antes Júlio César já tinha dado um aviso, com Zeman a tirar a bola do seu caminho no último instante. Três minutos depois do golo Miran podia ter feito o terceiro, ao cobrar um livre directo que Marriot defendeu muito bem. Aliás o guarda-redes do Beira Mar já começava a evidenciar-se como um dos melhores da sua equipa.

Aos 65 minutos saiu Miran e pouco depois um dos casos do jogo. Júlio César caiu com espalhafato na área e nos primeiros instantes do lance parecia que o árbitro ia mostrar um cartão amarelo ao avançado do Estrela por simulação, mas acabou por atribuir uma grande penalidade a favor da equipa de Miguel Quaresma. O mesmo Júlio César atirou forte e ao lado direito de Marriot, mas o guardião galês respondeu com um grande defesa a desviar a bola para cima. O Estrela perdeu uma oportunidade de ouro para dilatar a vantagem e pareceu traumatizar-se. O Beira Mar não desistiu e continuou a tentar chegar à baliza de Veiga, ao mesmo tempo que, perigosamente, a equipa do Estrela começava a relaxar na atenção. Ibraima, que tinha entrado entretanto fez um remate forte, novamente a testar Marriot, aos 79 minutos.

De cabeça perdida parecia estar de repente o Beira Mar, quando Alcaraz foi expulso por protestos dirigidos ao árbitro auxiliar. Mas acabou por nem ser assim e Petrolina imitou Miran, marcando o seu segundo da tarde pouco depois. O guarda-redes Veiga viu um cartão amarelo por estar a queimar tempo e na jogada imediata o Beira Mar marcou, aproveitando a desatenção estrelista, que não conseguiu afastar a bola. No tempo de compensação de ainda para cada equipa falhar um golo: Ibraima falhou ao segundo poste após um passe de Davide e João Paulo, que tinha entrado para o lugar de Wijnhard, falhou de baliza aberta. A divisão de pontos castiga o Estrela por ter pensado cedo de mais que a vitória estava garantida. 

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