Alverca-E. Amadora, 3-0 (crónica)

7 mar 2004, 19:23

Pega de caras com três bandeirilhas Vargas foi o «forcado» de serviço e Zeferino aplicou a estocada final na vitória (3-0) do Alverca sobre o Estrela.

O Alverca recebeu o Estrela com uma pega de caras. De mão na anca, chamou pelo touro que veio da Reboleira, espetou-lhe duas bandeirilhas e depois foi só segurá-lo pelo rabo até ao final da partida. Vargas foi o «forcado» de serviço e Zeferino aplicou a estocada final de uma vitória (3-0) tranquila da equipa de José Couceiro que, nas últimas quatro jornadas, somou dez preciosos pontos na luta pela permanência.

Como uma boa pega, foi tudo muito rápido. Os ribatejanos beneficiaram de um «onze» ortodoxo do Estrela que iniciou a partida com três centrais fixos para marcar apenas Alex Afonso, deixando Vargas totalmente solto. Na primeira vez que a equipa da Reboleira foi à área do Alverca pagou a factura. Marco Almeida, com um longo balão, colocou a bola no lado contrário, Marcos falhou a intercepção, e Vargas, com um remate à meia volta, abriu o marcador. Dez minutos volvidos, Vargas recebeu uma boa à entrada da área, desembaraçou-se de Semedo, e atirou colocado junto ao primeiro poste. Em poucos minutos, o Alverca construiu uma vantagem folgada que lhe permitiu encarar o resto da partida de forma tranquila.

Miguel Quaresma tentou remendar os erros iniciais, fazendo entrar Davide para o lugar de Alex Garcia depois de perceber que, com Torrão e Diogo à frente da defesa ribatejana, era impossível improvisar espaços pelo meio. O Alverca, por seu lado, recuou e ofereceu o jogo ao adversário, à espera de mais uma oportunidade para ir lá à frente espetar mais uma bandeirilha. A equipa da Reboleira cresceu, mas Miran e Júlio César continuaram sem encontrar espaços para visar a baliza de Yannick.

Até ao final, o jogo manteve-se na mesma toada. Os ribatejanos diziam «joguem vocês», mas os da Reboleira, apesar dos intensos esforços, não conseguiam chegar lá à frente. Só já depois da uma hora de jogo é que Miguel Quaresma prescindiu de um dos centrais, Paulo Madeira, e conseguiu equilibrar a luta no centro com a entrada de Lula. Júlio César entrou finalmente do jogo e, em duas ou três iniciativas, obrigou os ribatejanos a despertar de um jogo que já se estava a tornar monótono.

José Couceiro lançou, então, sucessivamente Zeferino, Ramires e Tinaia, com o intuito de refrescar a equipa e recuperar a velocidade que a equipa tinha transmitido na primeira meia-hora. Depois de uma primeira ameaça de Torrão, Zeferino bfechou definitivamente as contas com o 3-0 em mais um rápido contra-ataque.

O Alverca soma mais três pontos, na sua melhor série desde o início do campeonato depois de ter ido bater o Rio Ave a Vila do Conde (2-1), de ter vencido o Paços em casa (2-1) e de ter ido a Braga impor um empate (0-0) à equipa do «amigo» Jesualdo Ferreira. O Estrela subiu apenas mais um degrau de um destino que parece há muito traçado, mas ainda tem pela frente mais nove penosos degraus e os jogadores de Miguel Quaresma parecem já não ter motivação para fazer mais do que fizeram hoje: muito pouco.

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